Moradora de Maria Ismênia reclama que entre pedras e televisores antigos, “morar próximo à uma obra embargada está ficando perigoso”.

COMUNIDADE:

A convivência urbana é, desde o princípio dos tempos, a mais difícil das relações sociais. No dicionário encontramos para a palavra vizinhança, o seguinte significado: “As pessoas que residem perto de nós”. No dia a dia, a palavra vizinho, pode ter significados mais amplos, como por exemplo, “pessoa com quem podemos contar”, “amigos mais próximos e a quem nos reportamos em nossas alegrias e tristezas”, dentre outros. Porém, há ainda um terceiro, e não tão bonito, significado para a mesma palavra: PROBLEMA. É o que
acontece quando o morador próximo da sua casa desconhece a velha máxima: “O SEU DIREITO TERMINA ONDE COMEÇA O MEU”.

É o que parece estar acontecendo na casa da Sra. Edileuza Caser. Ela nos conta que, há tempos, tem passado percalços em função do desleixo e da total falta de respeito de seus vizinhos, que insistem em fazer de um terreno localizado atrás de sua casa, de terreno baldio. Segundo Edileuza, esses vizinhos jogam nessa área todo tipo de lixo, indo desde fraldas sujas de seus bebês, até aparelhos velhos de televisão.

Há tempos ela busca junto às autoridades, alguma solução para o caso, que já lhe trouxe problemas de saúde inclusive. Alguns anos atrás, ela foi vítima da dengue, como conseqüência dessa desrespeitosa prática. Pouco tempo depois, sua mãe, uma idosa de mais de oitenta anos, também contraiu a doença.

Durante as chuvas de 2013, o acúmulo de lixo atrás de sua casa, represou a água das chuvas, fazendo com que ela minasse pra dentro de seu quarto, causando perdas de grande parte de seus móveis. Recentemente, com receio de que acontecesse algo assim novamente, ela chegou ao ponto de chamar a TV local, para que mostrasse a quantidade de lixo que esses vizinhos continuavam lançando nesse terreno. Ela tinha a esperança de que com essa exposição a coisa fosse mudar. Não mudou.

No início de 2019, com a liberação da construção do muro de contenção, durante o período de limpeza do terreno, a empresa contratada retirou mais de meia tonelada de lixo do local. Ora, se formos considerar que a área do terreno não chega a 100 metros quadrados, é muito lixo acumulado. Os peões ficaram espantados com a quantidade e a variedade de coisas que foram jogadas morro abaixo, pelos moradores do alto da Escadaria Edemar Grassi, na Rua Professor Aloísio, altura do número 175 (onde mora a Sra. Edileuza Caser).

O lixo de lá retirado, era composto pelos mais variados eletro-domésticos, indo de ventiladores a geladeiras. Ainda que morassem em região pouco habitada, esse tipo de destinação ao lixo de uma casa, não é o mais adequado. Causam transtornos e podem ser focos de parasitas e pragas que podem provocar doenças.

Hoje, quando nos procurou para que a ajudássemos na divulgação do problema, denunciou que haviam acabado de jogar um aparelho de TV antigo, que rolou pela encosta, chocou-se contra a parede de seu quarto, e por pouco não causa avarias maiores.

Ela já tinha ligado para a Vigilância Sanitária, que lhe informou que ela deveria conseguir o nome do proprietário do terreno, para que esse fosse notificado e providenciasse a retirada do lixo. Ou seja, contra os moradores que arremessam esse tipo de sujeira, não há providencias que se possa tomar.

Edileuza relata que: ” Talvez seja a hora de nossos vereadores criarem mecanismos de punição contra esse tipo de prática. Mas algo que realmente faça efeito, como multa ou condenação que os obrigue a retirar o lixo que simplesmente lançaram fora”. Para a moradora que mais é prejudicada nessa vizinhança “nem adianta vir com essa conversa que é preciso educar as pessoas… gente que desconhece
o respeito, educação é que não conhece mesmo.”

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