Contratação de varredeira vira polêmica em Colatina. Prefeito mentiu, afirma parlamentar

Uma verdadeira polêmica foi causada pelo aluguel de um caminhão de porte médio, acoplado com varredeiras, pelo Sanear. De um lado a oposição acusando o prefeito Sergio Meneguelli de mentir. Ele desfilou pelas ruas da cidade com a varredeira, nome popular dado a Varredeira Johnston C201 de fabricação Inglesa, dizendo que foi comprada com recursos próprios, mas segundo o vereador Renan Bragatto, o Prefeito mentiu. 

Ele disse que é falsa a informação e questiona a utilidade e o valor contratual pago pela utilização por um ano estimado em R$ 468 mil. Já a administração pública justifica a locação baseada em fatores como a agilidade na prestação de serviço e o valor a ser economizado, pois segundo a direção do Sanear, a mesma substitui o serviço de 40 profissionais de limpeza cujo custo mensal é de aproximadamente R$ 70 mil.

A oposição diz que a máquina não é eficaz e que não substitui serviço de 40 garis, pois a varredeira não funciona entre os automóveis. Segundo o Diretor do Sanear Daniel Favarato, a máquina será utilizada em determinados lugares, será executado a varrição no período noturno. Ressalta ainda que não existe a intenção de dispensa de mão de obra, pois a administração está precisando de contratar garis. Segundo Daniel 20 garis serão contratados.

Com uma média de 300 garis, cerca de 30 a 40 não executam suas funções mensalmente, devido a férias, atestados e outros tipos de impedimentos, a máquina poderá agir nessa lacuna, pois os valores gastos em horas extras são substanciais.  

O Prefeito Sergio Menguelli, segundo afirmação do Vereador Bragatto, desfilou com o veículo de limpeza, pelas ruas da cidade dizendo que a mesma tinha sido adquirida com recursos próprios pelo município de Colatina, mas na realidade, o maquinário foi locado e não comprado.

O Vereador chama atenção sobre a centralidade do serviço, aonde não irá atender os bairros do município, principalmente os bairros mais íngremes da cidade. “Nem mesmo a capital do Estado tem uma maquina dessas”. Diz o vereador.
Outro ponto que o Renan Bragatto levanta é sobre o alto custo da locação do maquinário que será de R$ 39 mil mensais num total de R$ 468 mil anual. Ele argumenta que o valor é alto, pois em pesquisa de mercado a máquina está entre R$ 600 mil a R$ 800 mil reais, ou seja, um desperdício do dinheiro público, pois se a máquina fosse eficaz seria melhor comprá-la pois somente com o valor do aluguel, pagaria de 50% a 70% do custo total.

O Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear) diz que não adquiriu o caminhão por que está fazendo um teste sobre sua eficácia, pois o contrato reza que a autarquia poderá encerrar a locação quando quiser. 

Em relação a opção de aproveitar o processo licitatório do município de Itaguaçu, um dos motivos principais é por que consta no documento que a empresa que dará  a manutenção a varredeira está a 60 km de Colatina na cidade de Ibiraçu, dando mais resolutividade a qualquer problema que possa vir a acontecer.

Uma polêmica que já chegou às ruas da cidade, com pessoas contrárias e a favor. Segundo um senhor que passava às 5h30m próximo ao Sesc, viu a varredeira em ação e disse que após o serviço feito foi dar uma “olhadinha” e não gostou do resultado, disse que: “Eu vi e não limpou a sujeira próximo ao meio fio, mas também pode ser o operador da máquina que não está sabendo operar” relata o aposentado que caminha na Avenida Beira Rio diariamente.

Já a vendedora Valquíria que trabalha em uma loja na Avenida Getúlio Vargas disse que ficou encantada com a máquina, por que depois do temporal que ocorreu tudo foi limpo com muita rapidez. “Olha o que tinha de folha e galho, não estava no gibi, a máquina passou e sugou tudo”. A vendedora não ficou satisfeita com o valor pago mensalmente na locação da varredeira. 

A varredeira tem potencial para percorrer 40 km em oito horas. O custo do combustível é por conta da administração pública, o operador e a manutenção da máquina estão inclusos na locação.

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