Com uma gestão moderna a saúde pública de Marilândia inova e lança o “Projeto Amanhã”

O projeto “Amanhã” nasceu através dos esforços da Secretaria de Saúde do Município de Marilândia em oferecer aos seus munícipes uma saúde, de fato, integralizada, neste momento de pandemia mundial.  Segundo o Secretário de Saúde Beto Partelli “nos últimos anos estava chegado a essa secretaria muitos encaminhamentos para consulta com médico neurologista para crianças da rede municipal de educação, por estarem apresentando dificuldades na aprendizagem, déficits atencionais e comportamentais”. Afirma Beto.

Com a necessidade de suspensão das aulas em virtude da pandemia do covid-19 essas dificuldades ficaram mais evidentes junto às famílias, que começaram a presenciar tais dificuldades no dia a dia da criança, aumentando ainda mais a procura pelos serviços de saúde em busca de consulta com o especialista em Neurologia.
 

Com o intuito de avaliar de fato, quais os reais motivos desses encaminhamentos ao serviço de saúde do município, foi criado um programa de avaliação das habilidades neurofisiológicas, para compreender quais são os aspectos evolutivos dessas crianças que estão fora do padrão de normalidade e que impactam nessa aquisição de conhecimentos.

Diante da declarada situação de emergência em saúde pública, decorrente da pandemia do COVID-19, o projeto almejou, atender as crianças da rede municipal, que não estão frequentando aulas presenciais. 

Avaliou-se as habilidades neurofisiológicas envolvidas na aprendizagem da leitura e da escrita, atenção e memória, nos alunos do ensino fundamental I da rede municipal de ensino de Marilândia, para compreender os motivos pelos quais vem aumentando, de forma tão intensa, os laudos de TDAH, Dislexia, Transtornos de aprendizagem, os encaminhamentos para avaliação com médico neurologista e o uso cada vez mais comum de medicamentos por essa população.

Além disso, buscou-se reabilitar as funções que estiverem aquém do esperado para a idade cronológica (realizada pela própria família), traçando, junto com os professores, novas estratégias de estimulação que favoreçam o aprendizado com base no funcionamento cerebral.

A dificuldade de aprendizagem pode estar relacionada a vários fatores, por isso a Secretaria Municipal de Saúde, criou o projeto a fim de realizar uma avaliação em toda comunidade escolar da rede municipal de ensino, começando pela escola Maria Izabel Falcheto.

“A ideia inicial é dar todo o suporte, através dos serviços de saúde oferecidos, preocupando-se, com a saúde integral das crianças, para além da pandemia”. Afirma Parteli

Os alunos foram encaminhados à escola Maria Isabel, onde passaram pelas avaliações de acuidade auditiva, processamento auditivo e visual, testes de atenção e memória, funcionamento executivo da aprendizagem, oculomotricidade, leitura e escrita. Foram utilizados testes quantitativos padronizados e com reconhecimento a nível nacional.  Os atendimentos ocorreram de forma a não permitir aglomeração, com uso de máscaras por todos os envolvidos e utilização do álcool gel para assepsia das mãos.

Por fim, o foco principal é avaliar os alunos, preparando-os para um possível retorno das aulas, melhorando seu desempenho. Da mesma forma, os profissionais da educação serão treinados para intervir nas disfunções identificadas.

RESULTADOS 

As avaliações realizadas mostram que, de forma geral, as crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental estão aquém do desenvolvimento neurológico nas habilidades de processamento auditivo e visuais, movimento ocular, e funcionamento executivo. Essas habilidades impactam diretamente na construção e manutenção das habilidades de atenção e memória, bem como no desenvolvimento da aprendizagem e na compreensão leitora.

A avaliação cognitiva se faz necessária em diversas situações e contextos, além de poder investigar possíveis falhas, que possam interferir nos processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento através da percepção, foi traçado um perfil da saúde dos alunos, para saber como agir em cada caso.

Tendo em vista a ausência de aulas presenciais no contexto da pandemia, prevendo o retorno às aulas, com maior dificuldade de aprendizado devido a este afastamento, visamos prepará-las para o retorno saudável para as salas de aulas, com maior rendimento intelectual.

Dessa maneira, os laudos de dislexia e tdah podem ser questionados, pois não houve evidência que corrobora com os sintomas que descrevem tais transtornos de aprendizagem.

“Ao analisarmos os dados colhidos nas testagens, fica evidente que as crianças de 6 a 11 anos do município de Marilândia estão chegando ao ensino fundamental com menor desenvolvimento neurofisiológico esperado para a idade e ainda permanecem com algumas dessas habilidades em defasagem ao longo de todo ensino fundamental, como por exemplo, as habilidades de processamento auditivo e visual”. Revela

O intuito é avaliar o antes e depois, para ver o impacto do projeto nas habilidades das crianças, e prepará-las para o retorno das aulas, pós pandemia, focando em crianças com níveis de aprendizagem saudáveis.

Muitas vezes, o modelo de aprendizagem convencional impõe formas de ensino padronizadas a todos os alunos. Contudo, o projeto “Amanhã” nos possibilita, neste momento de distanciamento social, avaliar de forma criteriosa e detalhada o perfil de cada aluno, de maneira individualizada, possibilitando traçar um ensino diferenciado e personalizado, com verdadeira eficácia para cada criança.

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