Ônibus lotados em plena pandemia continua sendo motivo de reclamações em Colatina

Durante a pandemia, as reclamações relacionadas ao transporte público em Colatina surgiram com mais intensidade nas redes sociais. Sendo por tempo de espera nos pontos de ônibus ou pela falta de ônibus para atender uma população que por determinação municipal teria que ser transportada somente sentada. Mas com a mudança de classificação de risco e, com a volta às aulas, novas reclamações surgem, as filmagens de ônibus lotados, pessoas em pé e aglomerações. 

Os vídeos que circulam pelas redes sociais, mostram ônibus cheios, passageiros se encostando um nos outros, sem nenhuma condição dada pelas empresas de ônibus do município, para que não ocorra o contágio do novo coronavírus. “A gente não consegue entender, por que temos que ter tantas restrições em vários locais, até dentro da nossa própria casa, mas quando chega nos ônibus de Colatina, tudo isso cai por terra”. Revela uma moradora do bairro Aparecida.

Levantamentos apontam que cerca de metade das pessoas que usam o ônibus não têm outro modo de transporte para se deslocar. Em tempos de pandemia, fica mais evidente a importância dos modos coletivos. Trata-se de serviço essencial que atende profissionais de outros serviços essenciais, além de ser indispensável para as pessoas de menor renda.

“Eu preciso pegar o ônibus de segunda a sábado, não tenho como evitar esse transporte, pois moro em São Silvano e trabalho no bairro Santa Terezinha. Para mim, é sempre uma tortura, ônibus lotados, uma aglomeração dentro de um ambiente fechado é horrível”. Revela a empregada doméstica  Maria Sueli.

Levantamento feito em 8 pontos de ônibus, de maior fluxo de passageiros do município, pelo Portal de Notícias ES FALA,  junto a população que precisa dos serviços de ônibus, 89% dos usuários dizem temer contrair o vírus nesses espaços. Na aglomeração dos pontos e principalmente dentro dos ônibus.

“Eles exigem tanto da gente, até sem trabalho fiquei, mas quem tem que dar exemplo não dá. Colocam dezenas de pessoas em um ambiente fechado e quando a gente está em casa, sempre vê na TV, no rádio, pra gente não se aglomerar. Mas quando chega no ônibus isso tudo não tem significado algum”. Afirma a mãe de um aluno da escola Polivalente de São Silvano.  

“O transporte público em Colatina voltou ao normal, muita espera nos pontos de ônibus, e coletivo lotado”. Revela um senhor que reclamava da qualidade do serviço em Colatina no ponto de ônibus da Rua Alexandre Calmon.

O OUTRO LADO

O Consórcio Noroeste informa que por determinação do poder público de Colatina na gestão anterior foram revogados os decretos municipais. Sendo assim, as empresas de transporte público de Colatina passaram a seguir o decreto estadual. Ficou permitida a permanência de 15 pessoas em pé. O Consórcio Noroeste esclarece ainda que orienta motoristas e cobradores sobre a lotação máxima dentro dos veículos. Infelizmente, alguns passageiros se recusam a aguardar os próximos veículos quando o limite de pessoas já foi atingido. Por isso, as empresas reforçam que, nesse momento, é fundamental a colaboração e compreensão da população 

Print de um dos vídeos publicados nas redes sociais e grupos de aplicativos.

3 respostas

  1. Isso é mentira, porque os ônibus param em todos os pontos, mesmo ter dado os 15 passageiros… Se já está na lotação, para que parar, se parar no ponto lógico que as pessoas vão e entrar

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