Grupo de jogadores do CTE/Colatina relata salários atrasados e gestora do clube rebate

Um grupo de jogadores do CTE/Colatina alega sofrer com os salários atrasados no clube. Os profissionais do time da Princesa do Norte dizem que estão há dois meses sem pagamento. A diretora-executiva da Braspoll, empresa que gerencia o CTE, Andreia Castelo Branco, se pronunciou nesta terça-feira (5) e negou que os salários dos jogadores estejam atrasados. 

Os goleiros Gecivagner e Jocimar, os zagueiros Kanu e Kemerson, os laterais Matheus da Gama e Espeto, os meias Jadson e Léo Coutinho e os atacantes Gugu Vieira e Rogger protestam contra o atraso, que se estende de maio até julho. O valor pendente inclui 15 dias de trabalho no mês de maio, além de mês de junho e 15 dias de julho.

O CTE/Colatina vem pressionado pelos últimos resultados. Um dos destaques da equipe, Gecivagner expôs as reclamações trabalhistas do grupo, composto por oito atletas.

O goleiro, de 30 anos, conta que a Braspoll não tem cumprido com o acordo contratual.

“A verdade é que nos pagaram  dia 23 de maio e até hoje não pagaram mais nada. Eles passam que o presidente do clube, o Ratinho, não passa o combinado prá eles e falam que vai pagar a gente com um evento que eles vão fazer daqui há 15 dias. Eu particularmente falei quando acertei com eles que eu não dependia de evento nenhum prá receber. Estamos brigando pelos nossos salários e passagens que tiramos do bolso e compramos para poder chegar aqui, sendo que iam nos reembolsar. Somos de fora, precisamos pagar as contas, cartões, pensões e chegar em casa com dinheiro. Até para pagar nossas passagens. Só isso. Estamos brigando por uma coisa que é nossa”, declarou Gecivagner.

A Braspoll, que assumiu a gestão do time principal e da equipe sub-20 após o rebaixamento no Campeonato Capixaba 2022, nega as denúncias. Em resposta, Andreia Castelo Branco aponta o CTE/Colatina prejudicado desde a repercussão nacional de suspeitas de envolvimento de jogadores em apostas no dia 20 de junho.

“Na realidade, eu gostaria de esclarecer que não são dois meses. Inclusive, no mês passado, eles receberam com 10 dias de antecedência. E neste mês, por conta justamente do incidente do jogo(contra o Rio Branco-ES), nós perdemos alguns parceiros, incluindo um patrocinador que manteria a nossa operação. Não são todos os salários. Nós somos responsáveis por seis salários, de seis atletas. Por conta dessa suspeita do jogo, tivemos uma certa dificuldade e pedimos sim a esses jogadores quinze dias de tolerância, onde estamos nos reorganizando”, declarou a dirigente.

Sem revelar os seis atletas de responsabilidade da empresa, a Braspoll afirma estar se reorganizando para cumprir com seus compromissos. O time da Princesa do Norte segue em atividade na Copa Espírito Santo e disputa as quartas de final da competição estadual. 

“Com relação à postura nossa, da Braspoll, em relação aos incidentes do jogo, continuamos dizendo o seguinte: é preciso cautela, todo o cuidado para que não se cometa injustiças. Estamos em um processo de averiguação interna tal como existem outras fontes sendo averiguadas. Mas, neste primeiro momento, , pedimos cautela justamente para não  prejudicar nenhum desses meninos. Para não cometer nenhuma injustiça, vamos falar assim”, disse.

A segunda e decisiva partida  das quartas de final  da Copa Espírito Santo acontece neste sábado(9), quando o CTE/Colatina visita o Vitória-ES, às 15h, no Salvador Costa. Para avançar de fase, o CTE precisa vencer por quatro gols de diferença. Caso contrário, a equipe não terá calendário até o fim da temporada.

ES FALA: informação crédito G1

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