A Lei Seca completa 15 anos de existência no Brasil nesta segunda-feira (19). A verdade é que a lei não intimida os motoristas que se arriscam a dirigir sob efeito do álcool pelas ruas e rodovias que cortam Colatina e região.
Para os colatinenses ouvidos pelo Portal de Notícias ES Fala, o descumprimento da lei tem alguns motivos: a falta de consciência e a necessidade de uma maior fiscalização por parte das autoridades de trânsito.
A Polícia Militar lembra que a multa para quem dirige embriagado pode chegar a quase R$ 3 mil, além da possibilidade de ser preso em flagrante. O condutor também tem o direito de dirigir suspenso por 12 meses e o veículo é recolhido caso não haja outra pessoa habilitada e em condições de dirigir.
Em Colatina, um caso de embriaguez ao volante chamou a atenção no início do mês passado, quando um homem de 69 anos foi preso por dirigir embriagado e estar sem Carteira Nacional de Habilitação após um acidente com o carro que ele conduzia na zona rural da cidade. Na ocasião, o veículo saiu da pista e capotou após cair de um barranco.
Foi constatado que o motorista apresentava sintomas visíveis de embriaguez. Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que comprovou que ele havia ingerido bebida alcoólica.
Foi, então, encaminhado para o CDP de Colatina.
Mesmo após 15 anos da Lei Seca, o saldo no Espírito Santo assusta: mais de 50 mil pessoas foram autuadas no Estado por embriaguez ao volante no período, uma média de 10 por dia, sem contar os infratores que escaparam da fiscalização.”Quem não bebeu não tem motivo para recusar o teste. Por isso, a punição para quem se recusa é a mesma para quem é flagrado no bafômetro. É preciso ficar claro que a polícia pode autuar o motorista alcoolizado mesmo sem esse teste”, ensina a Polícia Militar.
A Lei Seca foi sancionada no dia 19 de junho de 2008.
Conscientização e responsabilidade são peças-chave para garantir a segurança no trânsito. Por isso, é crucial escolher alternativas inteligentes para aproveitar momentos de diversão, como optar pelo “amigo da vez” e retornar para casa de maneira segura, seja por meio de táxi, transporte público ou aplicativos de mobilidade. Colocar a segurança e a proteção à vida em primeiro lugar é uma decisão que todos devem tomar.
ES FALA: imagem crédito Jornal do Comércio