O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Minas Gerais impôs uma multa de R$ 1 milhão à empresa Aliança Geração de Energia, responsável pela operação da Usina Hidrelétrica de Aimorés, no Rio Doce. A penalidade foi aplicada no dia 27 de outubro, após constatar-se o descumprimento das condições da licença ambiental pela empresa.
O Ibama identificou que a usina estava em desacordo com as disposições estabelecidas na licença ambiental, resultando na não execução das medidas propostas pela empresa para mitigar os impactos ambientais. A falta de efetividade dessas medidas levou a danos ambientais consideráveis, especialmente nos trechos de vazão do Rio Doce.
“Os danos ambientais estão sendo agravados pela falta de efetividade dos programas de vertimento e pela condição sanitária da bacia, que está se deteriorando, em especial em virtude do lançamento de esgoto sem tratamento ou com tratamento ineficiente proveniente do município de Aimorés”, declarou o órgão.
Técnicos do Ibama relataram a presença de locais insalubres ao longo do trecho afetado, com acúmulo de resíduos sólidos, lixo, esgoto, proliferação de larvas, insetos e urubus, além do mau cheiro predominante. Muitas das medidas propostas pela empresa para minimizar esses impactos não foram implementadas ou não surtiram o efeito esperado.
A Usina Hidrelétrica de Aimorés, localizada na divisa entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, impacta diretamente os municípios mineiros de Resplendor, Aimorés e Itueta. As consequências ambientais decorrentes do não cumprimento das medidas estabelecidas na licença ambiental levantam preocupações sobre a qualidade e preservação do Rio Doce e das áreas circundantes.
Diante dessa situação, a empresa está agora sob a exigência de apresentar e implementar medidas alternativas capazes de restabelecer a qualidade ambiental do trecho afetado.
ES FALA: imagem crédito Site Aconteceu no Vale