Veja as diferenças nos índices de coleta de esgoto na Região Noroeste: um retrato das divergências municipais

A falta de coleta adequada de esgoto é um problema crônico em diversas regiões do Brasil, impactando diretamente na saúde pública, na proteção ambiental, na qualidade de vida, no desenvolvimento econômico e na sustentabilidade. Na Região Noroeste do Estado do Espírito Santo, essa realidade não é diferente, e os números revelam situações distintas.

De acordo com dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), menos da metade da população de 31 municípios do Estado reside em domicílios com coleta de esgoto adequada. Esses números refletem uma deficiência estrutural que afeta diretamente a vida das pessoas e o meio ambiente.

Na Região Noroeste e em algumas cidades circunvizinhas, os índices de coleta de esgoto apresentam uma variação significativa. Alguns municípios se destacam com percentuais relativamente altos, como João Neiva, Colatina e Baixo Guandu, com índices superiores a 80%. No entanto, outros, como Santa Maria de Jetibá, São Domingos do Norte e Pancas, apresentam números alarmantes, com índices abaixo de 50%.

  • João Neiva: 85.63%
  • Colatina: 85.62%
  • Baixo Guandu: 80.35%
  • Linhares: 80.17%
  • Marilândia: 61.62%
  • Santa Teresa: 57.25%
  • Mantenópolis: 33.36%
  • Itaguaçu: 54.33%
  • São Roque do Canaã: 44.19%
  • Pancas: 44.88%
  • São Domingos do Norte: 34.83%
  • Santa Maria de Jetibá: 31.00%

A falta de coleta adequada de esgoto tem impactos diretos na saúde pública, aumentando o risco de doenças transmitidas pela água contaminada, como cólera, hepatite A e febre tifoide. Além disso, a poluição causada pelo despejo de esgoto sem tratamento compromete a qualidade dos recursos hídricos e a biodiversidade local, prejudicando ecossistemas aquáticos e afetando a pesca e a agricultura.

Diante desse cenário, é imprescindível que as prefeituras, em parceria com a iniciativa privada e a sociedade civil, implementem medidas eficazes para garantir o acesso universal à coleta e ao tratamento de esgoto. Isso inclui investimentos em infraestrutura sanitária, conscientização da população sobre a importância do saneamento básico e fiscalização rigorosa para garantir o cumprimento das normas ambientais.

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