No dia Nacional do Café o produtor colatinense não tem muito o que comemorar

Colatina já figurou entre as cidades que mais produziu café no Brasil. Mesmo perdendo lugar no ranking nacional, o fruto é o mais cultivado no interior de Colatina. Centenas de famílias têm no cultivo do café como a principal renda. 

Em sua grande maioria, o plantio e colheita são feitos de forma manual, por isso neste período do ano, na época da panha, famílias inteiras se dedicam a prática da colheita. Mas a mão de obra especializada também é contratada de outras cidades e estados. Chegam no município de Colatina, e região centenas de profissionais que vêm dos estados de Minas Gerais e Bahia.

A produção oficial do município de Colatina este ano está prevista para em torno  de 200  mil sacas do produto, o que resulta num montante financeiro  que corresponde a 1,72% do PIB municipal. A Produção colatinense já foi a maior do Brasil, mas com a fragmentação da cidade em suas emancipações, o número diminuiu através dos  anos.  

Nesta sexta-feita (24), em que se comemora o Dia Nacional do Café, no fechamento do mercado, a saca está custando 280.00. O Café Conilon detêm a liderança do plantio no município. “A oscilação do valor desta commoditie é constante. Ela está sujeita ao tempo, temperatura, fatores globais e do mercado financeiro”, disse Luiz Fernandes Alvarenga, proprietário  da Casa do Café que convive junto ao setor cafeeiro há  46 anos. 

Em Colatina, 90% dos produtores são da agricultura familiar, onde em sua maioria, a mão de obra é fornecida pelos próprios participantes da família nuclear. Com  isso o gasto com mão de obra externa  é economizada. E se faz necessário, pois o custo de produção de uma saca de café passa dos 150 reais, e com o preço de mercado atual  a participação de todos nesse momento de colheita é uma questão de sobrevivência.

Esta safra trazia uma expectativa muito grande dos produtores do município, pois desde 2015, a natureza não deu tréguas para o agricultor de Colatina e região. Inicialmente com uma enchente no ano de 2015, e posteriormente um período de seca prolongada por mais de 3 anos. Tudo isso fez com que o agricultor familiar, os produtores de café do município,esperassem um ambiente favorável para a produção e colheita deste ano. Mas, como o mercado dita as normas em todos os negócios, e principalmente nas commodities, o preço está bem abaixo do esperado.     

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