Assassino procurado por crime em Colatina finge ser outra pessoa, e polícia descobre a farsa pela tatuagem

Na manhã do dia 17 de março de 2018, a aposentada Maria do Carmo Cecco, levantou-se como de costume, antes do sol nascer, e cuidava de suas tarefas diárias, quando foi surpreendida por um assaltante em sua residência. Rendida por ele, ela entregou-lhe o dinheiro que tinha em sua casa, esperando que com isso, ele saísse e não colocasse sua mãe, uma idosa de 88 anos, em perigo. Porém, antes que o marginal saísse de sua casa, a mãe da aposentada se levantou. Vendo que algo estava acontecendo, a mãe de Maria do Carmo, saiu em busca de ajuda. A filha, na tentativa de evitar que o assaltante fosse atrás de sua mãe, entrou em luta corporal e acabou tendo a garganta cortada. Mesmo ferida, Do Carmo, como era conhecida pela comunidade do Quinze de Outubro, onde morava com sua mãe em uma chácara, conseguiu escrever em um caderno quem havia feito aquilo e o porquê, pouco antes de morrer.

Neto dona Melissa roubou” com essas palavras, Maria do Carmo deu à polícia o que precisava para chegar ao seu assassino, indicando que Flávio Loureiro, neto de sua vizinha, havia entrado em sua casa para roubá-la. Apesar de a polícia empreender muitos esforços na busca do assassino que já havia fugido do local, quase dois anos se passou sem que tivessem sucesso.

Há algumas semanas, a PM divulgou uma lista com treze pessoas procuradas em Colatina e região, na esperança de que tivessem alguma denúncia que levasse aos criminosos, e a foto de Flávio Loureiro constava nela. Acontece que o assassino já estava na prisão. Usando um nome que não era o dele, Flávio Loureiro já estava detido desde outubro de 2019.

Com nome de Henrique Loureiro ele foi preso em outubro por um delito menor, e já estava em vias de ser liberado pela justiça. O delegado responsável pelo caso, Dr Deverly Pereira Jr, prudentemente, buscou informações sobre Henrique Loureiro, cuja ficha policial não mostrava delitos graves. Descobriu com isso que ele tinha um primo que, estranhamente, tinha a mesma tatuagem que Henrique e que, contra esse primo, havia um mandado de prisão em aberto, por homicídio em Colatina.

Com essa informação, o delegado responsável colheu as digitais do detido que conheceu como Henrique Loureiro, e comprovou que na verdade aquele prisioneiro era Flávio Loureiro, procurado pelo assassinato de Maria do Carmo Cecco, desde março de 2018.

A notícia foi recebida com alívio pela família de Maria do Carmo, cujos filhos moram na Itália, e por toda a Comunidade do Quinze de Outubro, onde vivia, era uma pessoa querida e atuante. O que todos esperam agora, é que ele seja julgado por esse crime brutal, e que cumpra a pena dele.

Mais uma vez, o empenho da polícia foi fundamental, tirando esse elemento das ruas e dando uma resposta à família, que além de sofrer durante meses pela perda, quase perdiam também, as esperanças de ver feita a justiça.

Foto: Captada nas redes sociais

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