Muitos colatinenses (9.519) que foram infectados pelo novo coronavírus, estão relaxando nas medidas de segurança por acreditar que se livraram da Covid-19. Entretanto, os casos de nova contaminação já foram registrados, portanto, não há garantia de imunidade permanente. Embora ainda não confirmada, a reinfecção também é investigada no Espírito Santo, e 58 relatos de pessoas com dois diagnósticos positivos, em intervalo superior a 90 dias, são analisados.
Especialistas avaliam que o número reduzido pode estar relacionado ao fato de a doença ainda ser muito recente, e não ter havido um intervalo temporal suficiente para novas infecções, ou ainda por que, em um primeiro momento, não se fazia armazenamento de cepas dos vírus para poder fazer a comparação.
DOIS TESTES POSITIVOS
Uma enfermeira de 29 anos, moradora da região Noroeste do Estado, que não quis se identificar, conta que testou positivo para o Covid-19 em julho e novamente no mês de novembro. Os dois exames foram realizados em laboratório particular, ao receber o resultado da segunda vez, uma nova coleta foi feita e confirmada no Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen ES).
Na primeira vez, a enfermeira sentiu muita dor de cabeça, garganta irritada, diarreia, náusea e fraqueza. Os cuidados para se recuperar foram realizados em casa mesmo, porém três meses depois, ela apresentou um problema cardíaco que a manteve internada por uma semana. A jovem enfermeira não garante que o problema cardíaco foi sequela da Covid-19.
Apesar de não ter recebido a confirmação da reinfecção, a enfermeira se preocupa com a possibilidade de ser contaminada pela terceira vez. Ela não relaxou nos cuidados, mas avalia que, como profissional de saúde, está mais suscetível ao contato com o vírus.