Proprietária de chácara salva tamanduá-mirim em Colatina

Um tamanduá-mirim foi encontrado em uma chácara na manhã desta sexta-feira (17), no bairro José de Anchieta, em Colatina. O cão da moradora do local chegou a atacar o animal, que, para ser protegido, foi levado para dentro da casa pela proprietária até a chegada da Polícia Militar Ambiental. O mamífero foi resgatado e devolvido à natureza, em uma área afastada de residências.A moradora, diz que é comum que animais silvestres apareçam. Mas Caroline Soares da Silva, destacou que foi a primeira vez que os moradores se depararam com um tamanduá.
SOBRE O TAMANDUÁ-MIRIM

O tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), ao contrário de outras espécies, ainda é um mamífero preservado na fauna brasileira. Mas pesa contra a sua manutenção uma atividade cada vez mais frequente em seu habitat: a redução das florestas em razão das queimadas, o que geralmente elimina a sua principal fonte de alimento: formigas, cupins e larvas.

Aliás, para se alimentar, normalmente ele utiliza uma técnica bastante simples: vale-se de suas fortes garras (quatro ao todo) para fazer buracos no cupinzeiro e, com a língua pegajosa, capturar os insetos, guiado sobretudo por um olfato apuradíssimo, que compensa as fracas visão e audição.

Este animal é também frequentemente ameaçado por outras ações do homem, direta ou indiretamente, como os atropelamentos em rodovias próximas ao seu ambiente natural, e ao frequente ataque de cães domésticos.

O grande problema é que, por causa de seus baixos níveis metabólicos, o tamanduá-mirim tem longos períodos de gestação e um número reduzido de crias, daí a preocupação constante com o seu bem-estar.

Em razão de seus hábitos noturnos, dificilmente é visto de dia. É essencialmente solitário e só encontra um par na época do acasalamento. Tanto que numa área de 350 a 400 hectares pode-se encontrar dois animais da mesma espécie.

Como característica física principal, tem cabeça, pernas e parte anterior do dorso com uma coloração típica, amarelada. Já o restante do corpo é negro, formando uma espécie de colete. O tamanduá-mirim pesa até cinco quilos e vive aproximadamente nove anos.

ESFALA: foto crédito Karolayne Soares da Silva/informação A Gazeta/informação G1

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