Marilândia implantou em 2020 projeto inspirado em lei de Gerson Camata, só agora aprovada no Senado

Um projeto de lei originalmente proposto em 2008 pelo então senador capixaba Gerson Camata, foi aprovado pelo Senado Federal, em votação simbólica, no dia 9 deste mês, quase três anos após a morte do parlamentar. A proposta, que obriga o poder público a oferecer acompanhamento integral e especializado a educandos com dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou qualquer outro transtorno de aprendizagem, segue agora para a sanção do presidente Jair Bolsonaro, para que se torne lei federal e passe a vigorar em todo o país.

Covardemente assassinado em dezembro de 2018, aos 77 anos, Gerson Camata não viu sua proposta sair do papel. Porém, o município de Marilândia, terra natal do eterno senador e governador capixaba, implantou no ano passado um projeto nos mesmos moldes e inspirado no sonho de Camata.

Utilizando recursos doados pela família do próprio Gerson Camata, provenientes da disputa judicial com o assassino dele, a Prefeitura de Marilândia, à época sob a gestão do ex-prefeito Geder Camata, criou o Projeto Amanhã – Fazer Hoje um Amanhã Melhor, desenvolvido em parceria pelas Secretarias de Saúde e de Educação do município. 

Tendo como ponto de partida a Escola “Maria Izabel Falchetto”, o projeto foi desenvolvido em quatro pilares principais: acuidade visual e avaliações auditiva, cognitiva e odontológica, com o objetivo de identificar e tratar possíveis fatores relacionados à dificuldade de aprendizado dos alunos. O Secretário de Saúde na época, Beto Partelli, adquiriu e instalou aparelhos para medir a capacidade auditiva dos alunos e também montou, na própria escola, um consultório odontológico para atendimento aos estudantes.


Ex-secretário de saúde de Marilândia Beto Partelli / foto crédito redes sociais

De acordo com o ex-secretário, o projeto realizou a avaliação cognitiva de todos os alunos da Rede Municipal de Ensino de Marilândia durante o ano de 2020.

“Traçamos um perfil da saúde dos alunos, que passaram por avaliação das suas condições auditivas, visuais e cognitivas de aprendizagem. Em relação à saúde visual, fizemos uma triagem e encaminhamos os alunos diagnosticados com alguma necessidade para consulta com especialista. Também realizamos testes com fonoaudiólogo e odontológicos na cabine e no consultório que montamos na própria escola. A partir dos resultados, traçamos o perfil de aprendizagem de cada aluno e direcionamos os profissionais de saúde para intervir nas disfunções encontradas”, detalhou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Conteúdo protegido