13º salário deixa comércio otimista em Colatina

A chegada do 13º salário no bolso do trabalhador, que deve receber a primeira parcela até esta terça-feira (30), deixa o comércio de Colatina otimista. Mesmo com a expectativa de que a primeira parte do valor seja usada pela maioria das pessoas para a quitação de dívidas, os comerciantes esperam que a circulação maior de dinheiro aqueça as vendas e ajude a recuperar o setor, atingido em cheio pela pandemia.
 

A aposta ganha forças quando se trata da segunda parcela, que precisa ser paga até o dia 20 de dezembro, às vésperas do Natal, contribuindo para as compras de presentes na melhor data comercial do ano. 

Os setores que mais devem se beneficiar são os de vestuário, calçados, eletroeletrônicos, brinquedos e cosméticos. A esperança é de que o 13º salário dê um fôlego para os lojistas, que chegaram a ficar até seis meses com as portas fechadas, entre idas e vindas, durante os momentos de piora do cenário epidemiológico.

Em Colatina, a maioria das pessoas confirma o que fará com a primeira parcela, sem hesitar: “Vou pagar dívidas e contas”. 

ESPECIALISTA RECOMENDA CAUTELA E RESERVA PARA CONTAS DE 2022

Até dezembro, o pagamento do 13º salário deve injetar cerca de R$ 232,6 bilhões na economia brasileira, segundo o Dieese, beneficiando 83 milhões de brasileiros. O diretor adjunto do Dieese, José Silvestre, avalia que, devido à crise observada na economia e agravada com a pandemia, o 13º salário deverá ser usado, em boa parte, para a quitação de dívidas, já que houve aumento da inadimplência. 

“É recomendável procurar quitar as dívidas e, evidentemente, fazer as compras tradicionais de final de ano. Para aquelas pessoas que têm renda um pouco maior, que permite fazer reserva e aplicação, é bom também, se possível, guardar uma parte do 13º para fazer frente às despesas típicas de início de ano, como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar”.

O especialista acredita que algumas pessoas com renda mais confortável possam optar por reformar a casa ou o apartamento e até trocar de carro. “Mas é bom ter cautela com os recursos do 13º, porque as perspectivas para 2022 também não são boas, o que traz muita insegurança, já que a taxa de desemprego está próxima de 14%, e temos inflação e juros mais elevados”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Conteúdo protegido