Voltar do supermercado com sacolas cheias vem se tornando um privilégio para poucos. Não está fácil para o brasileiro manter os alimentos na mesa. É feijão, óleo, manteiga, carne, leite, entre outros, que tiveram grande aumento de preço no último ano. Os produtos de hortifruti, por exemplo, de alguns meses para cá, vêm sofrendo altas constantes. Este ano, por exemplo, tiveram elevação considerável, especialmente a cenoura.
Em Colatina, o cenário não é diferente. Em um supermercado, localizado próximo à rodoviária, no Centro, por exemplo, o valor da cenoura chega a R$ 14,98. Segundo o atendente, de pré-nome Uélisson, o produto recentemente podia ser encontrado por R$ 5, R$ 6 no supermercado onde trabalha, a depender do tipo e tamanho. Em outros supermercados, o quilo fica entre R$ 12,90 e R$ 14.
Por essa razão, o preço da hortaliça está dando o que falar em toda a cidade, sendo tema de conversas nas praças, nos ônibus, nas filas e por todas as redes sociais. O preço subiu, em média, 55,41% em todo o país quando comparado ao preço anterior, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O preço da cenoura é o maior desde 2008, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Universidade de São Paulo).
O motivo para um aumento tão grande foram as chuvas intensas que afetaram as principais regiões produtoras do país, como Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Segundo os produtores, a tendência é que a alta continue e a estimativa é que os preços voltem à normalidade em três ou quatro meses.