A chuva que atinge o Espírito Santo há mais de uma semana tem deixado diversos estragos. Mais de 3 mil pessoas já precisaram de sair de suas casas e um idoso morreu em um deslizamento de terra. Os números são em nível de Estado.
A preocupação de muitos colatinenses é que o volume de chuva fique ainda maior e a situação observada na região e no Estado chegue próximo ao que foi visto em dezembro de 2013, durante uma das maiores tragédias naturais do Espírito Santo provocadas pela chuva.
A região Norte foi onde mais choveu nesta semana. Nos últimos dois dias, só em Fundão, choveu quase 330 milímetros. O município é um dos mais castigados neste ano.
Para os meteorologistas, o fenômeno vivenciado em dezembro de 2013 foi excepcional. “Em 2013, observamos um volume excepcional no Vale do Rio Doce. As outras regiões tiveram chuva, mas não foi tão volumosa como a que ocorreu na parte central do Estado. Foi um período excepcional”, revelam.
Mesmo com a intensidade das chuvas no município de Colatina até o presente momento, os alagamentos estão ocorrendo pontualmente, principalmente nos distritos do município. Os mais afetados até o presente momento foram, Baunilha e Paul de Graça Aranha.
PAUL DE GRAÇA ARANHA
Uma comunidade que sofreu muito com as chuvas foi o Distrito de Paul de Graça Aranha, interior de Colatina. Na quinta-feira (1º), por volta das 9h30min, às ruas da comunidade começaram a ser encobertas pelas águas provenientes das chuvas que ocorreram no local e adjacências.
Segundo moradores da comunidade, o volume de chuva foi intenso na Serra de Boa Esperança e em Paúzinho. “Nunca vi tanta chuva aqui e consequentemente a água da chuva desceu e escoou até Paul de Graça Aranha”, revela morador.
A rua principal da comunidade ficou totalmente submersa e a água invadiu muitas residências, levando prejuízo aos proprietários. Segundo um morador da Serra de Boa Esperança uma barragem rompeu, e água, em grande volume, foi absorvida pela represa construída há anos no local, para abastecer as comunidade ao redor.
Segundo a Agente de Saúde da Comunidade, Jordana, nenhuma família está desabrigada ou desalojada em Paul de Graça Aranha e adjacências.
BAUNILHA
Como em várias cidades do Espírito Santo, Colatina também recebeu uma grande quantidade de chuva. Entre os locais que mais sentiram a força das águas na noite de quarta-feira (30), está a região de Baunilha e comunidades de Alto Baunilha e Barracão de Baunilha.
Segundo a Defesa Civil, uma “cabeça d’água” atingiu as cabeceiras do Rio Baunilha e também de Alto Baunilha. O volume de água subiu e atingiu em especial a população ribeirinha. “Em relação ao barracão de Baunilha e adjacências, o volume de chuva foi muito grande e alagou a rua da comunidade”, informou a Defesa Civil Municipal.
A administração do município enviou para a localidade, caminhões pipas e de entulhos e uma equipa da Secretaria de Assistência Social, para fazer o levantamento de famílias que necessitam da ajuda do poder público neste momento.
A equipe da Defesa Civil, está percorrendo também as comunidades da região para fazer uma análise se ocorreu alguma avaria nas barragens das comunidades.
PANCAS
A noite de quarta-feira (30), foi de tensão em Pancas, uma forte chuva caiu no município e o rio Pancas subiu, mas não o suficiente para transbordar. Os moradores ribeirinhos, em especial das ruas mais próximas ao rio ficaram apreensivos, pois algumas comunidades já sofreram muito com as chuvas torrenciais que caíram no município.
“Por volta das 19h20m, uma forte chuva caiu sobre o município, mas felizmente não repetiu a situação de alguns anos atrás, onde o rio Pancas transbordou a entrou em várias residências deixando um grande prejuízo a moradores e comerciantes”, revela o vereador Lenildon Schumacher.
As imagens da forte chuva logo ganhou as redes sociais e grupos de aplicativos. A filmagem feita por moradores de diversos bairros mostra em certos pontos, a água da chuva escoando com normalidade, mas em outras ruas percebe-se que ocorreram alagamentos.
Ainda segundo o vereador, mesmo com a forte chuva, tudo estava dentro da normalidade, às 21h, quando foi feito o último contato com o parlamentar. “Felizmente, mesmo com a forte chuva, o rio subiu mas não transbordou. A equipe da Defesa Civil do município está atenta para qualquer tipo de problema que possa ocorrer na cidade.
O município de Pancas, em especial a rua da lama e adjacências, são os locais que mais sentem com as fortes chuvas, pois ficam próximas do rio Pancas.