Colatinenses que roubaram caminhonetes avaliadas em R$ 1,8 milhão são presos

Uma quadrilha especializada em roubar caminhonetes no interior do Espírito Santo foi desarticulada com a prisão dos três integrantes: dois homens, cujas identidades não foram  reveladas, e a apreensão de um adolescente de 16 anos. As prisões aconteceram na semana passada, no município de Aracruz.

De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (4) pela Polícia Civil, o trio roubou seis automóveis, avaliados, no total, em cerca de R$ 1,8 milhão. Os crimes aconteceram em cidades no interior, á partir do início deste ano. Três dos carros foram recuperados em municípios do Norte e Noroeste do Estado.

Conforme as investigações, os assaltos e furtos costumavam acontecer durante a noite, quando os motoristas estavam estacionando a caminhonete na rua ou no momento em que entravam ou saíam de casa. Os suspeitos sempre estavam armados e, muitas vezes, ameaçavam as vítimas.

“Eles roubavam caminhonetes e as escondiam em cidades vizinhas ao local do roubo para “esfriar”. Na outra madrugada, eles levavam o carro para a Serra, a fim de adulterar e refazer a documentação para revenda”, disse o titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Aracruz, delegado Leandro Sperandio.

Responsável pela investigação do caso, o delegado explicou que a associação criminosa era de Colatina e cometia os roubos em outras cidades da região, como João Neiva, São Roque do Canaã, Baixo Guandu, Barra de São Francisco e São Gabriel da Palha.

“Acredito que eles cometiam os crimes no interior na falsa crença de que as forças de segurança são menos efetivas, mas essa quadrilha já foi toda detida. Não há possibilidade de mais autores nesses roubos”, garantiu o titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais de Aracruz.

Primeiramente, no dia 25 de março deste ano, a Operação SUV apreendeu o adolescente de 16 anos. Depois, na última quinta-feira(30), foram presos os dois homens. O nome deles não foi divulgado e, segundo a PC, todos negaram participação no crime. A autuação deles também não foi detalhada.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, as investigações continuam com objetivo de identificar quem fazia a adulteração e revenda das caminhonetes na Grande Vitória. Alguns suspeitos já teriam sido identificados, mas até esta terça-feira (4) ninguém havia sido preso por tal envolvimento no esquema.

“Antes de levar os carros para a Grande Vitória, o grupo fazia pequenas adulterações. Depois, outros criminosos adulteravam o veículo por completo, mudando o chassi, a placa e o motor. Em seguida, conseguiam uma documentação e tentavam fazer a revenda”, contou o delegado.

“A quadrilha anunciava as caminhonetes na internet, como carro para roça, com valor pouco abaixo do mercado”, ressaltou Sperandio.

Diante desses artifícios usados pelos criminosos, os compradores podiam comprar os carros roubados sem saber da origem ilegal. Como as caminhonetes eram destinadas a rodar dentro de fazendas, a localização e recuperação delas também fica mais difícil, segundo a Polícia Civil.

“Em zona rural, via de regra, são menos abordagens, mas em algum momento o veículo acaba sendo abordado em rodovias. Uma dica para não comprar carro roubado é procurar o despachante e entrar em contato com o proprietário para perguntar se o carro está à venda”, orientou o delegado.

2 respostas

  1. Sempre há menores envolvidos em diversos crimes e as leis não se aplicam da mesma forma com eles, gerando assim um sentimento de impunidade. Já está na hora de mudar essa lei da maioridade penal, segurou uma arma ou atentou contra alguém, já deixou de ser criança e responsável por seus atos

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