O traficante de drogas mais “importante e famoso” do município de Santa Maria de Jetibá se passava por agricultor no ramo de café em Santa Teresa. Ele foi preso no último dia 1º, mas só agora divulgado para a imprensa. Segundo informações divulgadas pelo chefe da 12ª Delegacia Regional de Santa Teresa, delegado Leandro Barbosa, o homem, identificado como Dalvim Mungo, de 43 anos, tinha dupla identidade.
“Ele era o chefe, ele comandava o tráfico no município de Santa Maria de Jetibá. Porém, na zona rural de Santa Teresa, ele era apenas um camponês, um produtor rural. Esse era o disfarce perfeito para quem precisa fugir da polícia”, narra.
O homem, que estava foragido, foi localizado através do Disque-Denúncia 181. O delegado explica que o órgão realizou um levantamento de todos os mandados de prisão dos municípios que compõem a 12ª Delegacia Regional.
“Usamos bases de consulta disponíveis. Encontramos pessoas falecidas, presas e pessoas que tinham que ser capturadas”, esclarece.
Em um segundo momento, de acordo com o delegado, foi divulgada a imagem de Dalvim. Com isso, a polícia recebeu três denúncias. A partir do momento, Dalvim foi monitorado durante o dia e conseguiram realizar a prisão dele.
Segundo o delegado, o criminoso ficou surpreso no momento da prisão na região de Santa Teresa. “Naquela cidade ele se passava por agricultor. Ele não imaginava e ficou bem surpreso. Era bem tarde da noite; o local possuía um difícil acesso; Dalvim nem acreditou que estava sendo capturado naquele contexto”, frisou.
INVESTIGAÇÕES COMEÇARAM APÓS EXTORSÃO
Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram porque a polícia foi procurada por vítimas que teriam sido extorquidas por Dalvim. Ele inventava dívidas de valores altos e sob ameaça que o usuário era obrigado a pagar, muitas vezes valores além do que deviam.
“A partir disso, usando a partir de familiares, o traficante ia até a agência bancária para realizar saques ou transferências. Caso contrário, era morte na certa”, destaca o delegado Leandro Barbosa.
Ainda segundo as investigações, a família de Dalvim comandava o crime organizado de Santa Maria de Jetibá há quase 40 anos. “Eles se dedicavam de geração em geração, tanto que o filho dele também foi preso”, narra.
Após a ação, o criminoso vai responder por tráfico de drogas.