A justiça negou a liberdade provisória e converteu de flagrante para preventiva a prisão de Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, ex-prefeito de Catugi, em Minas Gerais, e principal suspeito de matar a esposa, a psiquiatra Juliana Pimenta Ruas El-Aouar, 39, em um hotel de Colatina.
O crime aconteceu na madrugada de sábado (2), quando Fuvio Luziano tentava fechar a conta do hotel onde estava hospedado com a esposa. Juliana foi encontrada morta no quarto 362.
Também foi convertida para preventiva a prisão do motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, apontado como coautor do crime. Na decisão, o juiz João Carlos Lopes Monteiro Lobato Fraga afirma que, no quarto do hotel, foram apreendidos diversos remédios, entre eles morfina, clonazepam, dormonid, jardiance, além de seringas e agulhas.
Na janela abaixo do quarto, foi encontrado parte de um vidro do medicamento cetamina. Ainda foi recolhido “pó branco”, encaminhado para análise. “Em razão da reprovabilidade das condutas em tese praticadas pelos autuados e para a garantia da ordem pública, entendo que a segregação cautelar é medida que se impõe no presente caso. Constato, pois, que estão presentes os requisitos necessários à decretação da prisão preventiva dos indiciados, previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, para a garantia da ordem pública”, diz o Juiz, na decisão.
O advogado Siderson do Espírito Santo Vitorino, que representa a família da médica, diz que está em contato com a Delegacia de Homicídios de Colatina e ajudando no fornecimento de todas as informações quanto à vida do casal.
Vitorino afirma que já fez contato com a delegada da mulher de Teófilo Otoni e relata que a médica vivia sob ameaças constantes do marido e tentava a todo custo o divórcio.