Recusa de coveiro em abrir cova em Linhares causa revolta e prefeitura promete investigação

Uma situação perturbadora ocorreu em Linhares quando um coveiro se recusou a abrir uma cova em um cemitério local, alegando o calor como motivo para sua recusa. Segundo relatos de um familiar, que optou por não se identificar, o funcionário do cemitério teria declarado que seu emprego e salário estavam assegurados no final do mês, desconsiderando o pedido da família para a abertura da sepultura.

A Prefeitura de Linhares manifestou solidariedade à família afetada e anunciou, em comunicado oficial, a intenção de investigar rigorosamente a conduta do servidor responsável, visando esclarecer o ocorrido. A administração se comprometeu a estabelecer contato com os familiares através do Setor de Necrópoles para tratar do assunto.

Em resposta, a administração pública ressaltou que o cemitério municipal possui um coveiro em atividade para atender às necessidades da comunidade. Segundo nota oficial, duas covas já estavam preparadas para protocolo de sepultamento, sugerindo que o sepultamento ocorresse em uma delas. A orientação foi dada porque a utilização do jazigo familiar, sem gavetas disponíveis, demandaria medidas extras para evitar a violação do túmulo e do corpo ali presente, medidas que não foram solicitadas antecipadamente.

A situação gerou indignação e a prefeitura se comprometeu a esclarecer os fatos e tomar medidas cabíveis para garantir o atendimento adequado às famílias que passam por momentos tão sensíveis.

OUTRA VEZ

A recusa de coveiros em abrir covas em cemitérios de Linhares não é um evento isolado. Outro incidente semelhante ocorreu em 12 de dezembro deste ano, em um cemitério na comunidade de Bebedouro, evidenciando um padrão preocupante.

Naquela ocasião, o coveiro apareceu no local, mas informou que estava de férias e não poderia realizar nenhuma ação. Uma familiar presente no momento relatou a cena: “A cova estava pronta, mas não cabia o caixão. A família e os amigos tiveram que cavar mais para que o caixão pudesse ser acomodado. O coveiro apareceu, mas alegou estar de férias e não poderia intervir. Foi mencionado por um funcionário da prefeitura que outro coveiro estava de licença. Situações como essa já ocorreram antes. Ninguém deveria passar por isso.”

Na ocasião, a Prefeitura de Linhares foi questionada sobre o episódio e respondeu, por meio de nota, que duas covas já estavam abertas no cemitério e que o vídeo registrado mostrava a construção de um jazigo, uma atividade que, segundo a administração, não é de responsabilidade direta da prefeitura. A administração também assegurou que mantém coveiros em todos os cemitérios sob sua administração, tanto nos bairros quanto no interior.

Esses eventos repetidos levantam novos questionamentos sobre a capacidade e a responsabilidade da prefeitura em garantir um serviço adequado nos cemitérios municipais, especialmente em momentos tão sensíveis como funerais e sepultamentos.

ES FALA: imagem ilustrativa/crédito redes sociais

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