Caso Samarco será definido este ano: indenização mínima pode ultrapassar R$ 121 mil por Pessoa

A busca por justiça no caso Samarco, que envolve o rompimento da barragem de Mariana em 2015, alcança um ponto máximo este ano, com a Justiça da Inglaterra conduzindo as primeiras audiências preparatórias nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro. O escritório de advocacia internacional Pogust Goodhead lidera a ação em nome de 720 mil impactados no Brasil, buscando uma indenização de R$ 230 bilhões.

Desde o início do processo em 2018, as comunidades afetadas aguardam por uma resolução, após um desastre ambiental que deixou sequelas profundas. Agora, com as empresas rés, BHP e Vale, enfrentando acusações de negligência, impactos ambientais devastadores e violações de direitos humanos, o caso Samarco entra em uma fase crucial.

As audiências preparatórias, que antecedem o julgamento previsto para outubro de 2024, têm como objetivo definir os rumos do processo. No entanto, nos bastidores, cresce a especulação sobre a possibilidade de um acordo entre a Pogust Goodhead e as empresas rés, antecipando o pagamento indenizatório e encerrando o litígio.

O advogado da Pogust Goodhead, Thomas Goodhead, não descartou essa possibilidade, admitindo que está considerando alternativas fora dos tribunais. Fontes indicam que um acordo poderia ser alcançado até julho de 2024, evitando assim o prolongamento do processo até o julgamento final.

Um ponto crucial nas negociações é o valor da indenização. Thomas Goodhead estimou em R$ 121 mil a indenização pessoal mínima para cada indivíduo afetado. No entanto, essa quantia é destinada à reparação pessoal, enquanto empresas, prefeituras, associações, comunidades indígenas e entidades religiosas podem pleitear compensações bem maiores.

A distribuição das indenizações revela que dos 720 mil impactados, 66% são pessoas físicas, 23% representam prefeituras, 10% envolvem empresas, e 1% são instituições religiosas e autarquias. Esta complexa rede de interesses torna as negociações e o possível acordo ainda mais intrincados.

A decisão da Justiça da Inglaterra sobre o caso Samarco não apenas moldará o destino das vítimas e das empresas rés, mas também estabelecerá um precedente significativo para casos futuros de responsabilidade corporativa em escala global.

INÍCIO DA AÇÃO

Em um movimento pioneiro em 2019, o ex-prefeito Neto Barros tomou a decisão de aderir ao processo na Corte Inglesa relacionado ao caso Samarco. Ao recordar esse momento, ele compartilha insights sobre a complexidade da ação política e os motivos que o levaram a buscar justiça através dos tribunais internacionais.

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ES FALA: imagem crédito G1/informação Folha1 Baixo Guandu

13 respostas

  1. Espero que a justiça seja feita de forma de honestidade pois muitos que deveriam receber da Renova não receberam e muitos sem direitos receberam.

  2. O povo esperançoso para embolsar uma bolada, super ansiosos e felizes, e esquecem que toda a água foi envenenada talvez para sempre, e que a água é o importante. Dinheiro apenas vai calar a boca.

  3. E como fica as pessoas que entraram na justiça para receber um micharia e que hoje falam que não tem direito de receber mas nada, isso deixa as pessoas indignada é uma falta de respeito com o ser humano.

  4. E uma vergonha pro judiciário brasileiro, ter que buscar justiça em outro país ,aqui no Brasil a corrupção toma conta do caso,tá na cara da justiça que estamos sofrendo cem nossa renda mensal e ainda inventaram o novel pra acabar com todos nossos direitos isso é outro crime desse vez envolvendo a própria justiça vergonhoso

  5. Espero quê desta vês eles reconhece os direito dos verdadeiros pescadores porquê têm gente. Quê nunca pescou e está recebendo

  6. O que realmente deveria ser feito ,e todos moradores serem indenizados de fato ,pra poderem pelo menos serem recompensados ,pela água mineral que temos que compra ,semanalmente,tendo ou não condições,nunca mais eu pude beber uma água ,que não seja comprada .

  7. Moro em Colatina ES, e não fiz o processo , e pessoas que não moram nas áreas afetadas,, estados bem distantes da tragédia, ciganos que vieram e se infiltraram no meio das parentes e estão na lista, tinha de ser averiguado com mais atenção

  8. Sobre o caso Samarco, gostaria de saber aquelas pessoas que não entraram com nenhum tipo de processo, como vai ficar? Porque foi pedido que a gente não contratasse nenhum advogado, porque todos cadastrados teriam direito. E aí como fica?

  9. Se 10 pessoas foram prejudicadas,porque os outros.que entraram não conseguiram,se esses 10 conseguiram,moram no mesmo lugar,o rio é o mesmo pra todos que entendimento da justiça é essa?

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