A mineradora Vale requereu à Justiça da Inglaterra uma extensão de três semanas no julgamento referente à indenização das famílias e comunidades afetadas pelo desastre ocorrido. A solicitação foi acatada pela juíza responsável pelo caso, o que postergará o término do julgamento, inicialmente previsto para este ano, para 2025.
Os representantes da mineradora justificaram a necessidade de mais tempo para ouvir testemunhas e especialistas durante a audiência realizada em Londres, que contou com a presença de indígenas, quilombolas, moradores do distrito de Bento Rodrigues, além de prefeitos e procuradores de 15 municípios impactados. O julgamento, programado para iniciar em 7 de outubro com duração estimada de 11 semanas, agora se estenderá por mais três semanas devido à prorrogação solicitada pela Vale.
Nesta quinta-feira, os afetados pelo desastre e os representantes das mineradoras participarão de uma audiência adicional na Justiça de Londres para debater outros aspectos do caso. Ao término da sessão, a juíza emitirá um documento com as decisões tomadas.
A informação sobre a prorrogação foi divulgada pela assessoria do escritório Pogust Goodhad, que representa cerca de 700 mil vítimas que acionaram a mineradora BHP após a demora das autoridades brasileiras em fornecer uma resposta eficaz. Procurada, a Vale se absteve de comentar sobre a prorrogação do julgamento.
A BHP, empresa que possui sede e ações na bolsa de valores de Londres e detém 50% da mineradora Samarco, responsável pela Barragem do Fundão durante o desastre, solicitou no ano passado a inclusão da Vale na ação. A ação coletiva, considerada a maior do mundo em termos ambientais, demanda uma reparação de US$ 44 bilhões, superando significativamente os valores já desembolsados pela Fundação Renova, criada pelas mineradoras para mitigar os impactos da tragédia. A Vale relata que até dezembro de 2023, R$ 34,7 bilhões foram alocados para iniciativas da Fundação Renova.
A prorrogação do julgamento na Inglaterra traz implicações significativas para as partes envolvidas e as comunidades afetadas pelo desastre. O desfecho adiado para 2025 prolonga a incerteza sobre o resultado e a compensação para as vítimas, enquanto o processo continua a se desenrolar em uma das maiores batalhas legais ambientais da história.
7 respostas
Até lá na Inglaterra estão fazendo o povo de palhaço mais tempo pra que só enrolar o povo
SE ATINGISSE AS FAMÍLIAS DELES NUM INSTANTE TOMAVA PROVIDÊNCIAS
Isto é falta de respeito com nós atingidos, quantas pessoas que estava na espera,e até já morreu, falaram que ia pra Inglaterra porque lá seria mas rápido.
É difícil,tantas desonestidade no pagto pela renova e quem precisa tem que esperar esse tempo todo.
É assim mesmo enquanto isso eles só tá embolado . Muitas pessoas que foram afetada.est na espera e pode ser que a Recebe. E uma injustiça.
Eu sou Gildete moradora de aimoré minas gerais
Pois e eu aqui com sequela na coluna .precisando deste dinheiro para remédio vão outro de besta