O prazo para o desabamento do talude de 10 milhões de metros cúbicos de rochas, que é parte da estrutura da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, e que pode ocasionar o rompimento da Barragem Sul Superior, terminou ontem, mas mobilização das estruturas de defesa civil e a apreensão da população permanecem. Essa estimativa de que até ontem a estrutura cederia foi feita pela Vale.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Agência Nacional de Mineração (ANM) deram prazo até este domingo. Os trabalhos, agora, seguem três possíveis cenários, sendo que a situação de alerta será mantida enquanto a estabilidade do barramento não for atestada. Ontem, o talude, que se movia num ritmo de 10 centímetros por dia, chegou a se deslocar 19 centímetros, superando o ritmo anormal de 10 centímetros diários registrados nesta última semana – um indicativo de eventual ruptura.
Caso o talude não caia a atenção e toda a estrutura de alertas e prontidão continuam. Se a estrutura ceder e isso não ocasionar uma ruptura do reservatório, a situação também se mantém, com os alertas e prontidões das equipes de resgate da Vale, bombeiros, defesas civil estadual e municipal.
Se a barragem se desmantelar as quatro sirenes soam, carros de alertas começam a circular em Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo. Funcionários da Vale serão enviados aos bairros mais baixos, onde a lama pode soterrar, para ajudar na evacuação das pessoas até os pontos seguros.
A estimativa é de que a lama e os rejeitos de minério de ferro que por ventura venham a escoar do barramento consigam atingir Barão de Cocais em cerca de 1 hora e 30 minutos, se movendo a 10 km/h, no máximo.
Fonte: Semed.
Fonte: Estado de Minas Online.
Foto: reproduzida