Onde jogar o entulho das obras? Nasce um problema sério para Colatina resolver

No ano de 2012 o aterro particular, onde se destinam os resíduos sólidos das obras do município colatinense, foi licenciado para receber resíduos da classe 2-B (material inerte) e 2-A (material não inerte). Na época a liberação era executada pelo Sanear, mas a autarquia colatinense teria respaldo somente para licenciar a classe 2-B (resíduos inerte), sendo que o licenciamento para a classe 2-A (material não inerte) somente o IEMA (Instituto Estadual de Meio Ambiente) poderia expedir.

O local de captação de resíduos sólidos (aterro) contratado pela Prefeitura Municipal de Colatina, desde então, opera suas funções de acordo com a licença liberada pelo Sanear, cumprindo com as condições exigidas na liberação emitida pela autarquia em 2012.

O IEMA (Instituto Estadual de Meio Ambiente) identificou que a área do aterro localizado na comunidade de Santa Fé está contaminada pelo resíduo classe 2-A (resíduo não inerte). Com isso o Instituto Estadual de Meio Ambiente exigiu que houvesse o embargo do aterro. Com essa proibição, o aterro contratado pela administração pública de Colatina, por um valor mensal de dez mil reais, não poderá receber mais os entulhos oriundos das obras públicas e particulares. A Orientação do IEMA é que caso a direção do aterro não resolva a questão do embargo o mais rápido possível, a Prefeitura Municipal de Colatina poderá adquirir uma área de 10 mil metros quadrados e conceder o licenciamento, pois a administração tem respaldo para emitir licença de classe 2-B para operar a destinação dos entulhos.

Com isso, a partir desta terça-feira (30) todos os resíduos originados das obras do município não tem destino. Obras da PMC, Sanear e particulares estão impedidos de escoar para o aterro.  

O Diretor Administrativo do Sanear, Geraldo Avancini, acredita que a consequência deste embargo será um aumento significativo de entulhos nas ruas e estradas do município. “Se nós tiramos mensalmente 150 caçambas de entulho do município, sem esse impedimento, acreditamos que agora irá triplicar a demanda” ressalta Geraldo.

Não existe um período definido para a resolução do problema, pois requer a necessidade de encontrar uma área adequada para a implantação do aterro e depois ocorrer todos trâmites operacionais e burocráticos. A expectativa é de que, por exemplo, se o Sanear identificar uma área essa semana, teria um prazo de 30 a 60 dias para recomeçar a captação dos entulhos. O custo mais que dobraria. Hoje a Autarquia desembolsa 10.000,00 reais mensais e passaria a gastar, com a destinação dos resíduos, aproximadamente 25.000.00 reais.

A população colatinense não terá local para destinar a sua produção de entulho. Se descartar na rua, o Sanear não buscará, pois não terá lugar para destinar e com isso as vias ficarão ocupadas. Da mesma forma, as empresas especializadas nesse trabalho de aluguel de caçambas poderão ter prejuízos, pois não poderão coletar, sem haver um local específico para o descarte do entulho.

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