Carreata fecha o centro de Santa teresa contra o Tombamento

Esse foi mais um desdobramento desta novela que se transformou em uma queda de braço entre àqueles que são contra e os que são a favor do tombamento.

De acordo com os organizadores o intuito é de sensibilizar as autoridades de que a população não quer a intervenção do estado nos casarios da cidade, pois não agrada a maioria dos munícipes.

O empresário Júnior Macci diz que as cidades onde houve tombamento dos casarios estão desoladas e abandonadas. “O governo não cuida, não têm dinheiro para manter o sítio Histórico e quer intervir em nosso patrimônio, depois somos impedidos de mexer em nossos próprios prédios e o estado não cuida por que diz que não têm dinheiro, parece até que a finalidade é acabar de vez com a cidade”.

Já para a arquiteta da Secult e doutora em Patrimônio, Eliane Lordello, um tombamento é um mérito e um reconhecimento. “Isso garante a identidade e a força do local, além de ser algo eminentemente afetivo”. Explica.

O processo de tombamento do Sítio Histórico de Santa Teresa foi iniciado em 2013 pela professora Laurany Marcia Matiello Redins, moradora da cidade, e incluía, na época, 32 imóveis isolados em área urbana e rural do município. Em 2015 uma comissão técnica foi criada composta por historiadores, arqueólogos e representantes da Secult e do Conselho Estadual de Cultura (CEC) para analisar o tombamento proposto.

Em fevereiro deste ano o CEC aprovou o tombamento provisório. No começo de julho, foi realizada reunião pública na Câmara Municipal para esclarecer melhor como funciona o processo de tombamento.

Já em agosto, no dia 29, uma nova Audiência Pública foi realizada na Câmara Municipal de Santa Teresa para debater o tema com o objetivo de avaliar a importância do tombamento e contou com a participação da população, técnico em patrimônio da secretaria de Estado da Cultura (Secult) Rodrigo Zotelli Queiroz e de representantes do município. Nesta turbulenta audiência onde oradores contra e a favor colocaram suas teses, a maioria dos presentes com faixas de protesto pediram um plebiscito que foi representado na casa de leis pelo vereador Deloir Zannete. 

Por causa do tombamento provisório, um decreto de paralisação das obras de reforma e ampliação da EMEI Nonna Cizela, em Santa Teresa, foi publicado no último dia 16, no diário oficial.

De acordo com a publicação as obras de reforma e ampliação da creche foram embargadas por conta que o imóvel, se encontra em uma área demarcada como parte do Sítio de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Espírito Santo pelo Conselho Estadual de Cultura.

Segundo a secretária municipal de educação, Madalena Baratella, a unidade educacional atende aproximadamente cerca de 157 crianças, com a ampliação do imóvel, a escola atenderia mais 120 alunos na faixa etária de 2 a 4 anos de idade, o que por sua vez estaria suprindo as demais necessidades do município e acabando com a conhecida lista de espera.O que é o tombamento

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