A cidade de Colatina tem em sua extensão urbana 90 pontos críticos, sujeito a deslizamentos de terra. Desses, 36 são considerados áreas extremamente críticas, com probabilidade de acidentes em qualquer época do ano e com aumento de chances de acidente nos meses de outubro, novembro e dezembro devido ao aumento do nível de chuvas.
As ocorrências já estão aumentando significativamente, pois na medida em que a terra fica encharcada, o desbarrancamento ocorre com maior frequência. Até o momento, os casos são derivados, na sua grande maioria, da falta de estrutura básica. Telhados, bicas, rachaduras que despejam as águas das chuvas nas encostas provocam como consequência o desmoronamento.
Um total de 11 pessoas já estão fora de suas residências em Colatina devido às chuvas, entre elas 8 desalojadas e 3 desabrigadas – todos do Bairro Bela Vista. O risco de permanência nas residências é eminente por isso tanto a Defesa Civil quanto o Corpo de Bombeiros optaram pela remoção dessas famílias. Dessas, 8 teriam para onde ir. Casas de familiares são os principais destinos neste caso. Mas 3 pessoas não tem para onde ir, por isso, o município assume a responsabilidade de abrigá-los.
Nessa quarta-feira (20) até às 16 horas, choveu 24 milímetros em Colatina, uma média dentro da expectativa. Mas após esse horário, ocorreu outra pancada de chuva que aumentou expressivamente a quantidade de água acumulada. A previsão é que o tempo permaneça chuvoso até quinta-feira (21) à noite. Segundo informações oficiais, o tempo firmará por aproximadamente 48 horas já na sexta-feira (22).
A Defesa Civil emitiu um alerta para a cidade em especial, os moradores das áreas de riscos, mais precisamente, os que vivem em áreas suscetíveis a deslizamento para que redobrem a atenção e em caso de alteração, entrem em contato imediatamente com a Defesa Civil do Município pelo número (27) 99883 0305 ou para o Corpo de Bombeiros 193.
Colatina possui 9 pontos de monitoramento do índice pluviométrico. Estes aparelhos estão espalhados por diversos bairros do município. Desses, 6 aparelhos são automáticos e 3 semi-automáticos.
O monitor automático mede em tempo real a quantidade de chuva, o que permite a análise de risco em tempo real, dando condições aos órgãos governamentais de se mobilizarem e evitarem maiores problemas, principalmente nos locais mais críticos do município.