Mais um desabamento ocorreu em Colatina, na manhã deste domingo (26/01), dessa vez aconteceu entre os Bairros Nossa Senho Aparecida e o Bairro São Brás, na rua José Lima III. O excesso de água da chuva segundo o proprietário, muito abalado, foi o motivo da destruição da construção de sua residência com duas lajes concluídas e com o acabamento do primeiro andar já em finalização.
Eliseu Arruda, em sua luta para sair do aluguel iniciou a construção de uma casa própria, como revela a planta do que seria a futura residência de sua família, dois apartamentos e no térreo reservado para vagas de garagem. Mas o sonho foi interrompido nesta manhã de domingo (26). A família, como faz de costume, aproveitava o domingo para trabalhar, nunca poderiam imaginar, que naquele momento, estavam correndo risco de morte.
O filho do Senhor Eliseu, Epaminondas, estava alimentando os cães da família, quando começou a passar mal. Com tonturas saiu de dentro da construção que poucos instantes depois viria a cair. Ao perceber o mal estar do filho, pai e mãe, saíram da obra para socorrê-lo.
Por aquilo que muitos chamariam de intervenção divina, enquanto a família estava do lado de fora ocorreu o desabamento. Os membros da família Arruda nada sofreram.
Abatido mas resignado o Senhor Eliseu revelou à reportagem do Portal de Notícias ES-FALA, que já tinha investido na obra cerca de R$ 150.000,00. Apesar de estar desolado com o ocorrido ele disse: “Mas deixa a chuva de Deus cair”. E confiante finaliza “Vou construir outra”. A resignação de Eliseu é um exemplo para todas as pessoas que passam por dificuldade.
Por falar em exemplos, as administrações de Colatina não estão proporcionando exemplos de como resolver esses problemas que ocorrem há anos no município. A cidade de Colatina tem pontos prestes a desabar, não é de hoje. Esses problemas, de conhecimento de todos, sai prefeito, entra prefeito, continuam existindo, sem que se encontre uma solução definitiva para eles. Exemplos como o do Bairro São Marcos, aonde pessoas morreram em um deslocamento de terra, ao que parece não está sendo levado a sério pelas autoridades do município e cada ano que passa aumentam as áreas de risco. Somente medidas paliativos são tomadas, como por exemplo colocar lonas em encostas para amenizar as consequências das chuvas. Desse jeito, estão quase que literalmente, jogando o que lhes incomoda, pra debaixo do tapete.