Psicólogas da Santa Casa de Colatina relatam vivências na UTI Covid-19

Psicólogas do Hospital Santa Casa relatam sobre as vivências e aprendizados adquiridos com o advento das videochamadas entre os pacientes da UTI e seus familiares.

“Todos os dias na UTI Covid-19 um novo instrumento de trabalho ganhou muita força e fama: o tablet.
Alguns pacientes, lúcidos e orientados, quando nos veem, com o tablet, claro, já manifestam por meio de expressões corporais animação e desejo de iniciar a chamada de vídeo para alguns de seus familiares.

Há inúmeros benefícios em relação a esse momento, tanto para o paciente quanto para os familiares, mas, se me permitem, gostaria aqui de elencar as experiências que estamos adquirindo ao longo desses dias na UTI da @santacasacolatina acompanhando tantos encontros e conversas.

Para alguns pacientes, o contato com a família vira uma festa, para outros, momento de alívio e força, mas também de saudade e lamentações. Há uma troca enorme de afeto entre a gente, que vibra com os familiares por cada procedimento bem sucedido no paciente. Acolhemos a angústia de pacientes saindo da sedação, sem reconhecer mais seus corpos ou a si mesmos, depois de tantos dias inconscientes.

 Vimos pacientes, idosos, dando um baile em nós mesmos, seja no quesito simpatia, melhora ou disposição. Vibramos a cada alta, e vibramos mais ainda quando, já em outros setores, os pacientes nos mostram orgulhosos o quanto estão bem.

Sentimos a esperança do reencontro, mas também a perda de cada familiar enlutado. Somos ponte entre um familiar angustiado frente à imagem de um paciente entubado. Rezamos juntos. Torcemos juntos. Rimos juntos também. E seguimos, respeitando a história de cada paciente que não se resume em um Box”.

ESFALA/Foto ilustrativa.

Uma resposta

  1. Gostaria de deixar registrado o meu respeito por esses profissionais, pois agora falo como hipnoterapeuta OMNI, A empatia e o respeito à vida humana tem um valor imensurável de CURA. MEUS PARABÉNS À TODOS E TODAS TERAPEUTAS QUE SE ENTREGAM À CAUSA COVID. FRATERNO ABRAÇO.

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