Com o agravamento da covid-19 no Brasil, há algum tempo muitos cientistas vêm recomendando que as pessoas troquem as máscaras de pano ou tecido por modelos PFF2 — ou N95, que é o nome dela nos EUA. Essa informação foi o suficiente para que o colatinense “invadisse” as lojas de equipamentos de proteção industrial (EPI), para adquirir diversas unidades. A procura está sendo intensa, algumas lojas em Colatina não possuem mais o material em seu estoque.
As máscaras PFF2 sempre foram as mais recomendadas; no entanto, no início da pandemia, pela pouca quantidade disponível, o uso foi priorizado apenas para profissionais da saúde.
Atualmente, a indústria conseguiu adequar a produção à demanda e, por isso, ampliou-se a recomendação. De acordo com a Animaseg (Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho).
Na loja de EPI, Colafitas, na Avenida Presidente Kennedy, bairro Maria Ismênia, em apenas 1 dia foram vendidas 500 unidades. Segundo o vendedor da loja, a chance do material acabar em breve é real. A corrida é grande e em tempos de novas variantes do coronavírus, o colatinense quer se proteger.
Por que a PFF2 protege mais?
Por dois motivos: primeiro, ela tem uma capacidade de filtragem maior, atraindo e “prendendo” as partículas contaminadas no filtro por meio de ação eletrostática.
Segundo porque a PFF2 tem um ajuste melhor no rosto, com aro para ajustar a vedação da peça, impedindo que as partículas contaminadas entrem por meio do espaço entre o nariz e os olhos —o que pode acontecer com as máscaras cirúrgicas ou as de tecido, por exemplo.
Em quais situações é melhor usar?
A PFF2 deve ser usada quando for absolutamente necessário estar em locais com pouca ventilação e/ou aglomeração de pessoas. Exemplos: transporte público, avião, mercados, ambientes hospitalares, escolas, etc.
Os especialistas, no entanto, ressaltam que a máscara não elimina 100% dos riscos. O melhor, mesmo, é evitar sair de casa sempre que for possível.
Como usar corretamente?
Após posicionar os elásticos corretamente na cabeça, ajuste o clipe de metal no nariz para adequar ao rosto.
Uma dica para saber se está bem ajustada é assoprar o ar e ver se ela infla. Se houver algum espaço por onde o ar esteja saindo, a máscara precisa ser ajustada novamente.
Importante ressaltar: normalmente os modelos de PFF2 aprovados pela Anvisa e Inmetro têm elásticos que prendem atrás da cabeça, e não atrás da orelha. Diz a norma: “Os tirantes (elásticos) podem ser ajustáveis ou auto ajustáveis e devem ser suficientemente robustos para manter a PFF firme na posição”.
Por esse motivo, os fabricantes sérios de máscaras PFF2 optam pelos elásticos atrás da cabeça, já que eles mantém a máscara no lugar e bem vedada.