Especialistas analisam terremoto em Pancas

Moradores de Lajinha, distrito de Pancas, foram surpreendidos na manhã desta quarta-feira (12) com um terremoto. O epicentro ocorreu às 7h37 em Águia Branca, município vizinho de Pancas, a 27km da pequena comunidade de 7,2 mil habitantes. De acordo com a Defesa Civil Municipal, não houve registros de ocorrências ou feridos, apenas susto por parte da população.

“Eu estava em casa, deitada com minha irmã e avó. As paredes, teto e cama tremeram. Parecia um trovão, mas muito mais forte. Os moradores de Lajinha ficaram muito assustados”, relatou a estudante Uelida Rangel Coimbra, 18.

O coordenador da Defesa Civil de Pancas, Leandro da Rocha Vieira, conta que, após os tremores, fez uma ronda na comunidade. “A população nos acionou, relatando três fortes estrondos seguidos por um tremor. À princípio, cogitou-se a possibilidade de se tratar de alguma obra de explosão de rochas. Só depois veio a confirmação de que se tratava, de fato, de um tremor de terra”.

A intensidade do terremoto

Os tremores foram registrados por três estações de monitoramento da Rede Sismográfica Brasileira. De acordo com a entidade, o terremoto atingiu a marca de 1.3 MLv, escala de magnitude local que vai de de 0 a 9. Segundo a doutora em geologia e professora da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), Luiza Leonardi Bricalli, o índice está abaixo da média nacional.

“A média de terremotos no Brasil é de 2.5MLv a 3MLv. São magnitudes baixas que geralmente não causam danos à população ou edificações. E por que isso? Porque estamos longe dos limites das placas tectônicas. São nesses limites onde ocorrem os terremotos com altas magnitudes”, explicou a professora.

Ainda de acordo com a professora, este não é o primeiro terremoto registrado no Espírito Santo. Em toda a sua história, mais de 40 tremores já foram contabilizados no estado.

ESFALA/Informação ES360

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