Terra treme novamente em Pancas e população sente o abalo sísmico

Na tarde desta quarta-feira (26), mais precisamente às 14h02, ocorreu um tremor de terra de magnitude 1.7 LMv, foi registrado no município de Pancas, cidade a 45 km de Colatina, e foi sentido pela população local. O tremor de terra foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) operadas pelo Centro de Sismologia da Universidade Federal de São Paulo.

Este é o segundo tremor de terra registrado no mês de maio no município de Pancas pela RSBR. O primeiro evento ocorreu no dia 12 de maio e teve magnitude calculada em 1.4 MLv. Na época houve relatos que a população de Lajinha de Pancas sentiu o abalo sísmico.

RELEMBRE O PRIMEIRO ABALO SÍSMICO

Moradores do distrito de Laginha, interior do município de Pancas, relataram um possível tremor de terra, ocorrido na manhã desta quarta-feira (12). Segundo relatos, foram três tremores seguidos, por volta de 7h30. Ninguém ficou ferido e não houve estragos, apenas o susto. 

De acordo com os habitantes da comunidade, foi possível ouvir um forte estrondo e a terra tremeu. Nas redes sociais, vários moradores relataram que o fenômeno aconteceu, algo incomum na região. Quem reside a uma distância de 2 km um do outro sentiu o mesmo impacto da terra tremendo. 


Por telefone, um funcionário da Defesa Civil de Pancas afirmou que uma equipe esteve no local, fez varreduras na região em busca do que pode ter causado o tremor, mas nada foi encontrado. “A recomendação é que os moradores fiquem tranquilos e não tenham nenhuma atitude de pânico”, disse.

O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

Moradores de Lajinha, distrito de Pancas, foram surpreendidos na manhã desta quarta-feira (12) com um terremoto. O epicentro ocorreu às 7h37 em Águia Branca, município vizinho de Pancas, a 27km da pequena comunidade de 7,2 mil habitantes. De acordo com a Defesa Civil Municipal, não houve registros de ocorrências ou feridos, apenas susto por parte da população.“Eu estava em casa, deitada com minha irmã e avó. As paredes, teto e cama tremeram. Parecia um trovão, mas muito mais forte. Os moradores de Lajinha ficaram muito assustados”, relatou a estudante Uelida Rangel Coimbra, 18.

O coordenador da Defesa Civil de Pancas, Leandro da Rocha Vieira, conta que, após os tremores, fez uma ronda na comunidade. “A população nos acionou, relatando três fortes estrondos seguidos por um tremor. À princípio, cogitou-se a possibilidade de se tratar de alguma obra de explosão de rochas. Só depois veio a confirmação de que se tratava, de fato, de um tremor de terra”.

A intensidade do terremoto

Os tremores foram registrados por três estações de monitoramento da Rede Sismográfica Brasileira. De acordo com a entidade, o terremoto atingiu a marca de 1.3 MLv, escala de magnitude local que vai de de 0 a 9. Segundo a doutora em geologia e professora da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), Luiza Leonardi Bricalli, o índice está abaixo da média nacional.

“A média de terremotos no Brasil é de 2.5MLv a 3MLv. São magnitudes baixas que geralmente não causam danos à população ou edificações. E por que isso? Porque estamos longe dos limites das placas tectônicas. São nesses limites onde ocorrem os terremotos com altas magnitudes”, explicou a professora. Ainda de acordo com a professora, este não é o primeiro terremoto registrado no Espírito Santo. Em toda a sua história, mais de 40 tremores já foram contabilizados no estado. 

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