Alta nos custos coloca em risco o negócio de padarias em Colatina

As padarias têm enfrentado grande desafio para manter os preços diante do encarecimento da matéria prima de seus principais produtos. Embora a comercialização de alimentos se encaixe nas atividades que sofreram menor impacto desde o início da pandemia agora, com o aumento dos preços, principalmente de grãos e combustíveis, e a desvalorização da moeda nacional, o segmento começa a sentir o peso da crise provocada pelo coronavírus. 

Quem falou conosco a respeito foi a empresária Raquel Betel, proprietária da Padaria e Lanchonete Betel, localizada na avenida Antônio Perutti, no bairro Honório Fraga. Ela explicou que o setor de panificação também registrou queda nas vendas, mas o que tem impactado mesmo as contas é o encarecimento dos insumos, como a energia e a mão de obra, por exemplo. 

A dependência do agronegócio é um dos principais problemas, na percepção da empresária. “A Padaria depende muito do agronegócio, e os produtos do agronegócio subiram demais: polvilho, óleo de soja, fubá, farinha de trigo…e isso preocupa bastante. Nenhuma padaria suporta essas elevações de custos”, avaliou Raquel. 

Outro problema enfrentado pelo setor de panificação é sobre o encarecimento da energia elétrica, sobretudo agora, num momento de estiagem iminente. “A energia elétrica está muito cara. Inclusive, eu tive que fazer empréstimo para colocar energia solar, porque senão ninguém aguenta. Até o mês passado pagava quase R$ 4 mil só com energia, além da despesa com meus 14 funcionários”, disse a empresária. 

Com o aumento de preço dos insumos e também da energia, os empresários têm se esforçado na busca por alternativas de economia, numa tentativa contínua de evitar o repasse para o consumidor final.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Conteúdo protegido