O papa Francisco, de 84 anos, reagiu bem após se submeter a uma cirurgia no intestino, no último domingo (4), no Hospital Policlínico Gemelli de Roma. O procedimento foi feito para tratar uma estenose diverticular sintomática do cólon. A doença é a formação de várias “bolsinhas” no intestino grosso, que podem sofrer inflamações, chamadas de diverticulite.
“Quando a diverticulite se resolve e melhora o processo de inflamação, ela forma pela cicatrização um estreitamento do intestino, levando à estenose”, explicou Antônio Luiz Lazzari, médico gastroenterologista há 34 anos, com consultório na rua Cassiano Castelo, no centro de Colatina.
De acordo com o especialista, muitas vezes o paciente convive com a estenose, mas há casos em que é preciso operar porque o estreitamento dificulta muito a passagem das fezes e a pessoa corre o risco de obstrução intestinal. A idade é um dos principais fatores de risco para doenças diverticulares.
“Esse problema é muito comum de acordo com a faixa etária. Até entre 40 e 50 anos, em torno de 30% a 40% das pessoas já têm divertículos; acima de 50 anos, em torno de 50% já possuem; e acima de 70 anos, 80% já têm divertículos. Então, é uma doença muito frequente e que, às vezes, ocorrem complicações”, observa Antônio Lazzari.
A SAÚDE DO PAPA
Esta foi a primeira vez que Francisco deu entrada em um hospital desde sua ascensão ao posto de papa, em 2013.O pontífice deve permanecer hospitalizado por cerca de uma semana para evitar possíveis complicações.