Com mandado de prisão em aberto, ex-primeira-dama de Colatina, Júlia Deptulski, continua solta há 31 dias

Com o mandado de prisão em aberto desde 28 de junho, a ex-primeira-dama de Colatina, Maria Júlia Rosa Chaves Deptulski,  continua solta. Ela completou ontem dia 28 de julho, um mês que teve a prisão determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-ES).

O Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), até a noite do dia 27 de julho trazia o status “pendente de cumprimento” e a Secretaria de Justiça do Estado (SEJUS), também informou que ela ainda não deu entrada no sistema prisional capixaba.

“Não consta registro no sistema prisional para Maria Júlia Rosa Chaves Deptulski”, escreveu a Sejus por nota.

A ex-primeira-dama foi condenada a sete anos e seis meses por regime semiaberto, por suposto desvio de dinheiro público entre 2009 a 2013, quando o marido Leonardo Deptulski, era prefeito de Colatina. Ela é alvo da operação “Jogo de Damas”, deflagrada em Colatina em 2017, a partir de investigação do Ministério Público do Estado.

Segundo a apuração do caso, o suposto desvio teria acontecido no período em que Maria Júlia estava à frente da Secretaria da Assistência Social do município. Os valores que supostamente teriam sido desviados chegariam a R$ 6,7 milhões. As investigações teriam apontado que Maria Júlia repassava o dinheiro para a instituição Damas de Caridade de Colatina. Mas segundo o Ministério Público, na verdade os valores seriam desviados para benefícios exclusivos delas.

Em decisão da primeira instância, ainda em 2017, o juiz Marcelo Bressan, da 3ª Vara Criminal de Colatina, destacou que a então secretária traiu a confiança depositada pela população colatinense nela.

“Secretária à época dos fatos, acusada traiu a confiança em si depositada pelos munícipes, desviando em seu proveito verba que poderia ser empregada na assistência aos necessitados da cidade, especialmente na proteção de crianças e adolescentes”, escreveu o magistrado na ocasião.

A defesa recorreu às instâncias superiores, como Supremo Tribunal Federal (STF), mas sem sucesso. O juiz da primeira instância ratificou a sua decisão em maio, explicando que não cabe mais recurso para a ex-primeira-dama.

“Tais decisões são definitivas, de modo que a condenação se tornou imutável”, escreveu. 

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