Documentário de João de Deus na Netflix mostra médium em Colatina

João Teixeira de Faria, o João de Deus, já foi condenado a mais de 64 anos de prisão por crimes sexuais, que vêm sendo denunciados por centenas de mulheres desde 2019. O médium voltou à prisão em regime fechado depois de ter conseguido o domiciliar em março do ano passado. Mas, no streaming, toda essa reviravolta que a fama do espírita sofreu ainda rende bons frutos de audiência.

Depois de “Em Nome de Deus”, do Globoplay, “João de Deus: Cura e Crime” chega à Netflix expondo de forma ainda mais ampla os crimes de que o médium é acusado bem como ricos depoimentos de vítimas e apoiadores que, até hoje, defendem a inocência do espírita. No primeiro episódio, as gravações revelam atendimentos que foram feitos em Colatina e em outras cidades do Espírito Santo.

Desde os anos 1990, João de Deus moveu verdadeiras multidões de capixabas que seguiam o médium em centros espíritas que iam de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, até Cariacica, na região Metropolitana da Grande Vitória.

Durante trecho exibido pela Netflix, do meio para o fim do primeiro episódio da série, o espírita aparece em palcos com milhares de fiéis em diferentes cidades capixabas. Em seguida, João de Deus também surge em outras localidades com o mesmo cenário.

Nos demais episódios, várias vítimas e testemunhas do caso de crime sexual de que João é acusado aparecem depondo e apresentando diferentes versões. Os voluntários da Casa Dom Inácio de Loyola, local de trabalho do médium, defendem o espírita e encontram meios de justificar os supostos abusos, bem como comerciantes e donos de pousadas de Abadiânia, em Goiás.

Um dos destaques dos episódios finais fica com a promotora Gabriela Manssur, do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Fundadora do Instituto Justiça de Saia, ela é filha da renomada advogada Regina Manssur, que ficou famosa nacionalmente ao participar do reality Mulheres Ricas. 

ESFALA: foto crédito arquivo Netflix.

Uma resposta

  1. A bem da verdade, o médium João de Deus não era espírita. Nenhuma das práticas adotadas por ele são recomendadas ou praticadas pela Doutrina Espírita, apesar de alguns espíritas, assim como pessoas de outras religiões, terem, subjetivamente, aprovado suas atividades. Nem mesmo o proprio médium se definia como espírita. Porém, mesmo que fosse espírita ou professante de qualquer outra religião, deve ser responsabilizado por seus atos.
    Peço ao esfala corrigir o equívoco.

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