Alta no preço da carne eleva vendas de pés de galinha nos supermercados de Colatina

Anteriormente praticamente doadas nos açougues e supermercados, algumas partes de carne bovina, antes rejeitada pelos consumidores, passaram a ser itens diários na refeição de muitos colatinenses. Essas partes do boi tiveram aumento enorme de venda nos últimos tempos, principalmente no período de pandemia, que impôs forte restrição de consumo à classe mais pobre. 

O cenário de Colatina não chega ao extremo do Rio de Janeiro, onde fotos de pessoas pegando ossos de boi chocaram a todos e rodaram o mundo, mas é uma realidade impactante vivida em todo o Brasil como reflexo da crise econômica. 

O Portal de Notícias ES Fala percorreu casas de família em dois bairros periféricos, Vicente Soella e São Miguel, neste fim de semana, e a percepção se repetiu: as pessoas mais pobres estão substituindo cortes tradicionais por carnes pouco requisitadas em outros tempos, como carcaça e pé de galinha. 

Em um supermercado no Centro da cidade, um funcionário do setor disse que o preço do pé de frango, considerado o corte mais barato, estava custando R$ 7,17 na manhã de sexta-feira (1°). Segundo ele, há pouco tempo, o produto ainda valia R$ 5,15. Frisou que o aumento da procura foi de mais de 50% e não costuma mais sobrar no açougue.

Com o preço do boi nas alturas e outras carnes também mais caras, o pé de frango virou opção ao alcance do bolso do consumidor, ainda que também tenha subido. 

Pé de frango, segundo dizem, faz bem para os ossos, mas para o bolso também.


Um delicioso pé de frango com quiabo e angu / foto crédito redes sociais.

EM TEMPO: 

A China é o maior comprador, pois os chineses já consomem pé de frango como o brasileiro come pipoca, em qualquer lugar, vendo um filme, em casa ou na rua. 

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