Estudantes de Colatina transformam óleo de cozinha usado em biodiesel e conquistam 3° lugar em Feira de Ciências

A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Professora Carolina Pichler, localizada no bairro Vila Real, em Colatina, participou na última quarta-feira (10), da Feira de Ciências do Norte Capixaba (FECINC), realizada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), campus São Mateus. 

Os alunos apresentaram o projeto “Transformando óleo de reuso em biodiesel: uma alternativa energética e sócio ambiental”, em que conquistou o 3° lugar geral, entre os mais de 40 projetos apresentados na categoria Nível 2 – Projetos no início do desenvolvimento.O trabalho foi desenvolvido pelos estudantes da 2ª série do Ensino Médio Integral, com orientação da professora de Química Joselia Cristina Siqueira da Silva e co-orientação do professor de Física Reinaldo Ronchetti Junior. O projeto consiste na produção caseira de biodiesel a partir do óleo de fritura, que seria descartado ao meio ambiente, muitas vezes, de forma inadequada.

“O óleo é um dos resíduos gerados pelo homem que apresenta grande poder de contaminação, visto que um litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de água, o equivalente ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos. A produção do biodiesel caseiro pode se transformar em uma ótima alternativa para o aproveitamento de óleos residuais, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e aprendizagem significativa do educando”, disse a professora Joselia Cristina Siqueira da Silva.

O Biodiesel foi produzido a partir da transesterificação, ou seja, transesterificação do processo químico, que consiste em misturar óleo com etanol anidro, na presença de um catalisador, como hidróxido de sódio, que, ao reagir entre si, produzem biodiesel e glicerol (substância utilizada na produção de sabão). O biodiesel produzido é o resultado da neutralização dos ácidos graxos, da remoção da glicerina produzida e criação de um éster.

“Desenvolver competências científicas nos estudantes faz parte do currículo e, durante as aulas, é fundamental associar a teoria à prática, promovendo assim, a iniciação científica”, afirmou o co-orientador Reinaldo Ronchetti Junior.

Para a estudante Ingrid Reis, participar da Feira foi uma experiência única de aprendizado. “O momento nos proporcionou estar em contato com outros trabalhos de iniciação científica, colaborando para uma maior motivação da disciplina de Química, e desenvolvendo em todos os alunos envolvidos, o protagonismo estudantil”, frisou.

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