Mais uma forte chuva atingiu o município de Colatina na tarde desta quarta-feira (2). Os resultados são os esperados, alagamento em alguns pontos da cidade trazendo transtorno a moradores e comerciantes.
No bairro Carlos Germano Nauman, desesperado com a entrada da água de chuva na Fábrica de Móveis São Camilo, a mesma em que, no dia 23 de novembro de 2021, ocorreu um incêndio que deixou quase R$ 500 mil de prejuízo, o proprietário teve que tomar uma atitude radical para salvar o seu showroom.
Devido às fortes chuvas a pista ficou submersa e, no momento que os carros passavam, marolas ocorriam e iam direto para dentro da loja. Ao ver a possibilidade de um novo prejuízo, proprietário e funcionários atravessaram um caminhão na pista impedindo que, tanto os veículos grandes como os de passeio, passassem próximo à calçada da loja.
A atitude amenizou os prejuízos, pois pelas marcas do nível da água nas paredes a empresa poderia tomar outro prejuízo. Mas teve consequências, ao interromper um lado da pista, o fluxo de veículos praticamente parou e o resultado foi um grande engarrafamento. Motoristas que passavam pelo local não deixaram de se manifestar negativamente, pois o transtorno foi grande.
Também houve os que entenderam a atitude do empresário. “Atrapalha o trânsito, mas a gente entende também, imagina o desespero vendo a água entrar e perder tudo”, revela o motociclista que estava acompanhando o desenrolar do problema.
Com o cessar das chuvas e com o distanciamento cada vez maior de um possível prejuízo, o caminhão foi retirado às 16h45 e o trânsito pôde, mesmo vagarosamente, começar a fluir.
RELEMBRE O INCÊNDIO
Uma das fábricas de móveis mais tradicionais de Colatina pegou fogo nesta terça-feira (23), por volta das 13h30min. As labaredas chegaram a mais de 10 metros de altura e levou pânico para os funcionários da empresa que estavam trabalhando. Não se sabe o que ocasionou o fogo, mas a perícia do Corpo de Bombeiros ainda está no local.
A empresa de móveis São Camilo é reconhecida pela qualidade da fabricação de seus produtos, mas nesta terça-feira ela chamou a atenção dos quase 40 funcionários e empresas ao redor de sua sede pelo incêndio de grandes proporções nos fundos da indústria, exatamente no local onde fica o estoque de espuma, papelão e a sessão de pintura.
“Ouvimos uma gritaria intensa, pensei que até era uma briga e fomos correndo para ver, quando chegamos lá percebemos que o fogo já tinha tomado conta de tudo”, revela um funcionário da empresa.
Além dos estoques de papelão, isopor e espuma, também o fogo destruiu três salas de pintura, cujos equipamentos têm o custo em torno de R$ 100 mil cada. Máquinas também foram atingidas. “Um prejuízo de no mínimo R$ 500 mil, por baixo, pois somente as salas de pintura totalmente destruídas são R$ 300 mil, fora as outras coisas. Olha, toda essa sessão foi destruída pelo fogo. Agora é contar com a compreensão dos clientes e contar com Deus. Felizmente não machucou ninguém”, revela o proprietário da empresa Mário Sérgio do Nascimento.
Por volta das 17h30, o fogo ainda não havia sido totalmente controlado pelo Corpo de Bombeiros que levou um grande efetivo para combater o incêndio.