Confira as cidades da região que se destacam em acidentes com morte no trânsito do ES

O trânsito caótico, um problema geralmente associado aos grandes centros urbanos, é uma realidade que afeta cidades de todos os tamanhos. No Espírito Santo, esse desafio se manifesta de maneira surpreendente, revelando índices de letalidade mais elevados em municípios do interior do estado em comparação com a Região Metropolitana.

Na região, destaque para Águia Branca, João Neiva e Governador Lindenberg, esses três municípios lideram o triste ranking.

Esses dados são fruto de uma pesquisa realizada por uma empresa de comunicação da Grande Vitória, que analisou o número de habitantes dos municípios com base no Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos registros de mortes no trânsito publicados no Anuário Estadual da Segurança Pública 2023.

Em números absolutos, Serra e Vila Velha, duas das maiores cidades do Espírito Santo, concentram a maioria dos casos de mortes no trânsito em 2022, com 79 e 45 óbitos, respectivamente. Contudo, a análise se torna mais alarmante quando consideramos os óbitos por município capixaba a cada 5 mil habitantes. Nesse cenário, as cidades do interior lideram as estatísticas, deixando as da Região Metropolitana nas últimas posições

Águia Branca, João Neiva e Governador Lindenberg são as cidades do interior do Espírito Santo que apresentam os índices de letalidade mais altos em relação ao trânsito. Esses números chamam a atenção para um problema que transcende a densidade populacional e impacta profundamente a segurança viária nas áreas rurais.

Confira a lista completa das cidades da região:

Número de mortes no trânsito a cada 5 mil habitantes por cidade no Espírito Santo:

  • Águia Branca 4,63
  • João Neiva 3,55
  • Governador Lindenberg 3,17
  • Pancas 2,11
  • Baixo Guandu 1,95
  • São Roque do Canaã 1,83
  • São Domingos do Norte 1,74
  • Marilândia 1,63
  • Colatina 1,25
  • Linhares 1,25
  • Santa Teresa 1,09

Para o gerente de fiscalização de trânsito do Detran-ES, Jederson Lobato, o excesso de velocidade e a inexperiência dos condutores são as principais causas que contribuem para o índice nas pequenas cidades.

O chefe de comunicação do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran), capitão Anthony Moraes Costa, considera a necessidade de aprofundar a análise dos dados para entender melhor as causas. “É preciso saber onde isso está acontecendo, se é área rural, área de movimento de pessoas, quem é responsável por fazer a fiscalização, se o trânsito é municipalizado. Tudo isso precisa ser trazido à tona”, pontuou.


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