Oito municípios entre 13 da região Noroeste têm mais motocicletas do que carros nas ruas. Veja a realidade da sua cidade

O trânsito no Noroeste do Espírito Santo revela uma dualidade interessante: enquanto algumas cidades abraçam as motocicletas como principal meio de transporte, outras mantêm uma predominância dos carros. Este contraste entre veículos motorizados oferece um panorama diversificado que vai além do contraste entre Colatina e São Domingos do Norte.

A análise dos dados da Confederação Nacional dos Municípios, baseados na Senatran, revela um equilíbrio distinto entre carros e motos em diferentes localidades da região. Enquanto São Domingos do Norte (44,64%) e outras, como Água Doce do Norte (50,56%), Águia Branca (52,63%), Alto Rio Novo (50,65%), Barra de São Francisco (50,02%), Ecoporanga (50,09%), São Gabriel da Palha (51%) e Vila Pavão (56,5%), optam predominantemente pelo uso de motos, municípios como Baixo Guandu (55,23%), Colatina (58,65%), Mantenópolis (56,75%), Nova Venécia (49,18%) e Pancas (48,68%) mantêm uma maior presença de carros.

Essa variação não é apenas uma preferência pessoal, mas resultado de fatores econômicos e de infraestrutura. Enquanto as motos se destacam pela acessibilidade financeira, a presença maior de carros reflete a realidade econômica e cultural de determinadas áreas.

Os efeitos dessa dinâmica no tráfego refletem-se nos índices de acidentes e óbitos proporcionais, com as motocicletas apresentando taxas mais elevadas. A falta de infraestrutura viária adequada, como ciclovias e medidas de segurança, também desempenha um papel crucial nesse cenário.

O panorama diversificado do tráfego no Noroeste do Espírito Santo destaca a complexidade das escolhas de transporte em diferentes localidades, ressaltando os percentuais que revelam a disparidade entre carros e motos. A necessidade de políticas públicas abrangentes, que considerem essas variações regionais e os impactos no trânsito, na saúde e na segurança, torna-se evidente.

ES FALA: imagem ilustrativa/crédito UOL