Onça-parda morta em Colatina será preservada para fins educacionais. Entenda o processo

Uma onça-parda, também conhecida como suçuarana, perdeu a vida em um atropelamento na manhã deste sábado (24) na rodovia ES 080, próximo a comunidade de Ponte do Pancas, na cidade de Colatina. O macho, pesando cerca de 50 kg e aparentemente saudável, foi encontrado sem vida por moradores locais, apresentando uma ferida na cabeça.

O ocorrido chamou a atenção das autoridades ambientais, que prontamente foram acionadas. A Polícia Ambiental realizou o resgate do animal e o encaminhou para a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde será utilizado para fins educacionais no Laboratório de Ensino de Biologia, no campus de São Mateus.

Segundo o tenente-coronel Luchi, comandante do Batalhão da Polícia Ambiental do Espírito Santo, o acidente é resultado da destruição das áreas de mata, que têm forçado os animais selvagens a se aventurarem em ambientes mais urbanizados, aumentando o risco de colisões com veículos.

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Pecuarista após encontrar onça-parda vítima de atropelamento grava vídeo, em Colatina.

A onça-parda passará pelo processo de taxidermia, uma técnica de preservação que visa manter o corpo do animal em condições realistas. O professor Gustavo Machado Prado, do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes/Ufes), explica que o objetivo é criar uma representação fiel do animal em seu habitat natural, para fins de educação ambiental.

“Essa onça-parda será preparada de forma a retratar seu comportamento na vida selvagem, preservando todos os detalhes do corpo”, explicou o professor. “A ideia é mostrar a interação do animal com a natureza e sua relação com outros animais”.

A onça-parda é conhecida por sua boa adaptação a ambientes abertos, ao contrário da onça-pintada, que prefere áreas de mata fechada. No entanto, devido à destruição de seu habitat natural, esses animais são frequentemente avistados em áreas urbanas, aumentando os riscos de acidentes como esse.

Além de vítimas de atropelamentos, a Polícia Ambiental também doa os corpos de animais vítimas de caça à universidade para serem taxidermizados. O acervo da Ufes já conta com mais de 100 peças, contribuindo para a educação e conscientização sobre a fauna local e a importância da preservação do meio ambiente.

Uma resposta

  1. Atropelamento sem um osso quebrado ou uma gota de sangue é muito estranho. Eu acredito que foi envenenamento talvez alguém que tenha ficado com muito medo do esplêndido do animal tomou essa atitude com receio. Mas vida que segue…

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