Tribunal de Contas do Espírito Santo multa ex-secretário de Colatina por irregularidades no serviço de estacionamento rotativo

Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) reuniram-se em sessão plenária virtual no dia 29 de fevereiro, decidindo multar o ex-secretário de Transporte, Trânsito e Segurança Pública de Colatina. Além da multa, o TCE-ES emitiu uma série de determinações ao atual gestor da pasta, Coronel Ferrari.

As advertências surgiram devido a irregularidades encontradas no serviço de estacionamento rotativo do município. Entre elas estão o pagamento da outorga pela concessionária em valor distinto do previsto no contrato, irregularidades e deficiências na fiscalização do contrato de concessão, e o descumprimento de obrigações contratuais pela concessionária contratada. O período fiscalizado abrangeu junho de 2017 a junho de 2023.

No que diz respeito à primeira irregularidade, constatou-se que, por erro de cálculo, a concessionária responsável pelo serviço efetuou repasses inferiores aos previstos em contrato, resultando em um montante não repassado ao município de R$ 46 mil.

Para resolver essa questão, o conselheiro Sérgio Aboudib, relator do processo, seguido pelos demais membros, determinou ao atual secretário de Transportes de Colatina, Daltro Ferrari Junior (Coronel Ferrari), que calcule e exija da empresa o pagamento correto, acrescido de correção monetária, multa e juros. Ele terá 90 dias para comprovar o pagamento das penalidades ou adotar medidas judiciais para a cobrança do débito. O não cumprimento pode acarretar em penalidades como o enquadramento de dano ao erário e responsabilidade solidária com a empresa.

Em relação à segunda irregularidade – a falta de fiscalização do contrato – uma multa no valor de R$ 500 foi aplicada ao ex-secretário de Transportes de Colatina, André Viganô Costa, que ocupou o cargo entre junho de 2018 e dezembro de 2020, na gestão Sérgio Meneguelli.. Esta multa se deve à ausência de nomeação de um fiscal para avaliar e conferir os pagamentos à empresa concessionária, como estipulado no contrato de concessão.

Além da multa, os conselheiros recomendaram à Secretaria de Transportes, Trânsito e Segurança Pública que inclua uma cláusula contratual exigindo que a futura concessionária forneça acesso direto ao município aos dados primários de todos os sistemas de gerenciamento utilizados para a gestão do serviço, visando maior confiabilidade nos dados repassados.

Por fim, no que se refere à terceira irregularidade – o descumprimento de obrigações contratuais pela concessionária contratada – foi determinado que o atual secretário de Transportes de Colatina comprove, dentro de 90 dias, a instalação pela concessionária de seis conjuntos com quatro unidades de estacionamento para bicicletas. O não cumprimento desta obrigação pode resultar na aplicação de multa ao gestor da pasta.

Nós entramos em contato com ex-secretário de Trânsito André Viganô Costa, ele disse que foi notificado sobre a irregularidade sim e que já fez sua defesa perante ao Tribunal.

Já o atual Secretário Coronel Ferrari, também foi procurado, mas ainda não se manisfetou oficialmente.

6 respostas

  1. Como usuário da atual plataforma Vagou Colatina, observei que algumas vezes, na correria do dia a dia, esqueço de colocar o “cartão de estacionamento” pelo aplicativo. Somos fiscalizados e é colocado no veículo uma notificação pelos agentes da empresa, para que coloquemos o crédito de estacionamento.
    Mas esta notificação não chega para nós no celular, informando: “você esqueceu de pagar o rotativo”.
    Isso gera uma dívida de 12 ou 13 reais, que após o pagamento retorna como crédito.
    Já observaram que quando faltam alguns minutos, recebemos no celular uma aviso de renovação?
    Me pergunto por quê o aplicativo Vagou Colatina, assim que seu agente lança a notificação, não nos avisa pelo aplicativo para que regularizemos a situação?
    Pode parecer que é melhor reter meus 13 reais na forma de crédito, do que me dar a oportunidade de regularizar o estacionamento com 1 ou 2 reais.
    No mundo atual da informatização, será tão difícil sermos notificados pelo aplicativo, antes disto virar um crédito ou futura multa?

    1. Márcio, muito boa sua crítica CONSTRUTIVA, posso observar. No programa (software) é operação fácil de realizar (custosa), mas lembrando que somente para veículos e telefones cadastrados no sistema, será operado, seu caso, assim como o de tantos outros, jamais para não cadastrados. Vejo até mais funcional para todos: usuário, empresa e município. Outras medidas, TAMBÉM, podem ser inseridas no sistema, se houver interesse das partes. Até mais…

    1. Joel, sua postura pode gerar-lhe um processo criminal, por quem se sentir ofendido, haja vista você afirma: “sempre houve falcatruas”. SINAL QUE VOCÊ CONHECE OS FATOS. E você está direcionando para a empresa, prefeitura e até para a administração do trânsito municipal. Isso é grave. Melhor nos atentarmos para as imperfeições do sistema e sugerirmos medidas corretivas, mesmo que em tom de desabafo e aborrecimento. Sejamos pela melhoria de todos, principalmente ajudando, com sugestões, os administradores do que nos interessa. Seremos mais felizes!!!

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