Um problema grave vem atingindo dois segmentos em Colatina Um, ligado ao criador de animais de corte, e por consequência atingindo mais de 30 famílias do Sindicato dos Movimentadores de Mercadorias do município de Colatina.
Cinco mil famílias estão passando por um momento crítico devido à falta de grãos para suas criações. Essa responsabilidade é do Governo Federal, que faz a distribuição desses grãos, especialmente o milho, que é a base alimentar de muito animal de abate que temos em nossa dieta diária.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é a responsável pelo abastecimento, mas o órgão está submetido ao Governo Federal, que por sua vez, falha na distribuição de grãos em todo o Brasil. Das 5 mil famílias, 90% que dependem do milho para as suas criações estão em Colatina, 10% são de outras cidades do Norte e Noroeste do Estado.
A quantidade de grãos nos estoques da Conab em Colatina não é o suficiente para fechar o mês, pois, a média mensal é de 600 toneladas, e desde do início do ano esse repasse de grãos caiu substancialmente. Com a queda, não conseguem atender a demanda, e com isso o prejuízo para os criadores de animais de corte será sentido já no próximo mês (Junho).
Outro segmento que sofre com essa precariedade é o de movimentadores de carga do município de Colatina. São mais de 30 famílias que dependem do transporte dos grãos da Conab para exercerem sua profissão. Com a falta de milho nos pátios a mão de obra não é exercida, e por consequência não há rendimentos.
Segundo o Presidente Municipal dos Movimentadores de Cargas Carliano Dário ” o desespero já está tomando conta desses profissionais, pois é o sustento de centenas de pessoas em Colatina e milhares em todo o Estado”.
Não só os criadores de animais de corte e os movimentadores de carga que vão sofrer as consequências. A população em geral também sentirá no bolso, pois, hoje o milho da Conab custa de R$ 43 reais o saco com 60 kg, e no comércio o valor é de 45 reais o saco de 50 kg. Na cadeia produtiva essa diferença é substancial. Carne e derivados, leite e derivados, ovos, todos serão afetados , pois o repasse cairá sobre o consumidor final.
Se o Governo Federal não mudar a política de compras e distribuição o mais rápido possível, será mais um setor no Brasil que terá muitas dificuldades cujo reflexo será sentido por todos. Enquanto isso, produtores e movimentadores de cargas ficam aguardando melhorias no setor.