Cansados de esperar, moradores constroem abrigo em ponto de ônibus após 40 anos de reivindicação não atendida em Colatina

A comunidade da Capivarinha, no bairro Martineli, em Colatina, sempre reivindicou um abrigo de ônibus para os usuários. Na realidade, segundo moradores, essa reivindicação junto ao órgão competente,  já foi repetidamente feita no decorrer dos últimos 40 anos; no entanto, a administração pública municipal e a empresa de ônibus responsável pelo transporte público na região, nunca deram a devida atenção.

Segundo os moradores, o poder público, foi diversas vezes medir o local garantindo que a obra iria ser executada e nada foi feito.

Com as negativas de tantos anos, os moradores da comunidade cansaram de promessas e sentindo a necessidade  de ter o seu abrigo se uniram com o objetivo de construí-lo.

O protagonista desta história foi o pedreiro José Mauro Dutra, morador do bairro Martineli, região da Capivarinha. Disse que nos dias de sol e chuva o local para a comunidade se proteger era dentro do bar, local que fica próximo ao ponto de ônibus, mas trazia transtornos para os proprietários, sendo assim, a comunidade se uniu para ter um local que pudesse ser chamado verdadeiramente de ponto ônibus.

O custo da construção ficou em torno de 400 reais, que foi rateado entre alguns moradores. O abrigo ficou seguro, segundo os construtores. Ele é removível; por qualquer motivo, se tiver que ser retirado é somente levantá-lo e ele sai com facilidade. O piso recebeu uma camada de concreto para evitar a lama no período de chuva, o banco foi feito com madeira do andaime cedido pelo pedreiro que construiu o abrigo e até tiveram o zelo de colocar um espelho no abrigo para todo mundo embarcar muito bem arrumado.

Uma responsabilidade que é do poder público, mas que após 40 anos a comunidade fez com suas próprias mãos. Agora faça chuva ou sol, moradores da Capivarinha não vão mais ficar a mercê do tempo.

Atitudes como essa, une a comunidade e demonstra para os responsáveis públicos que as necessidades são muitas ao ponto da população executar um serviço que não é de sua responsabilidade.

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