Há 30 anos a Associação Atlética Colatina era Campeã Estadual de Futebol. Relembre a história.

No dia 3 de junho de 1990, a  cidade de Colatina estava em festa, pois seu time de futebol sagrou-se Campeão Estadual, após dois vice campeonatos, o primeiro em 1981 e o segundo em 1989. A Associação Atlética Colatina fez um campeonato espetacular. Das nove partidas que disputou no primeiro turno, venceu seis. 

O time era o orgulho dos colatinenses, o Estádio Municipal Justiniano de Mello e Silva ficava pequeno para tantos torcedores que iam vibrar com o “Cola”.

Em 1990 no 1º turno o “Colá” venceu 6 das suas nove partidas. As quatro vitórias seguidas sobre Castelo 2×1, 1×0 Vitória, 1×0 Guarapari e 2×1 no Estrela do Norte praticamente encaminharam a classificação antecipada ao Triangular Final que foi sacramentado com a “surra” de 5×1 no Muniz Freire.

No returno o time se desencontrou, talvez por ter a classificação nas mãos relaxou, foram 8 partidas, apenas 1 vitória, 3 empates e 5 derrotas, se no turno havia marcado 5×1 no Muniz Freire agora levava de 4×1 do mesmo adversário em casa. A torcida estava tensa para o triangular final, tanto que chegou vaiar o time do Colatina no final do 2º turno. 

Nesta fase encarou Guarapari (campeão 87) e Desportiva (campeão 86 e 89). A estréia foi contra a Desportiva no Estádio Justiniano de Mello e Silva, vitória por 1×0, contando com o empate em 0x0 entre Desportiva e Guarapari na 2º rodada o Colatina jogaria pelo empate na última rodada no Estádio Davino Matos para conquistar o título, a torcida do Guarapari lotou, queria o bicampeonato, mas a equipe comandada por Zuza campeão em 88 no Ibiraçu era mais experiente e soube suportar a pressão. Aos 31 do 1º tempo Arildo Ratão fez 1×0 Colatina, deixando o tão sonhado título mais perto que nunca, a taça ficava ainda mais perto, o Guarapari precisava virar para ser campeão, mas o máximo que conseguiu foi um empate que só veio aos 43 do 2º tempo com Cacau contra, mas a festa foi do Colatina finalmente, Campeão Capixaba de 1990.  

Um dos colatinenses que acompanhou todo o campeonato estadual foi o Repórter de Pista da extinta Equipe 1020, da Rádio Difusora de Colatina, Jorge Alan: “Tenho muitas lembranças boas da conquista do primeiro e único título de futebol profissional da Primeira Divisão por uma equipe de Colatina. Uma das mais marcantes não foi a do jogo contra o Guarapari na “cidade Saúde “. Que  culminou com o título naquela campanha Vitoriosa, o jogo que me marcou foi o penúltimo contra a Desportiva, quando vencemos por 1 x 0 no Justiniano lotado com gol de Arildo Ratão. Ratão artilheiro contestado pela torcida que gritava o nome de Elias, jogador rápido e habilidoso, entrava sempre em substituição ao Ratão e sempre marcava. Já nos minutos derradeiros daquele jogo. Zuza o treinador, mais uma vez lança  Elias no jogo  e ao contrário do que se esperava não tira Arildo Ratão, optando assim por dois centroavantes, aos gritos de “burro, burro” a torcida só se cala quando, o próprio Ratão numa rebatida na grande área, manda a bola para o fundo das redes do time grená, garante a vitória que dava a vantagem do empate no último e decisivo confronto com o Guarapari”. Relata emocionado o ex-repórter e atual empresário Jorge Alan.

A escalação do “Cola” era: Sandro, Jacimar, Cacau e Pádua, Wallace. Garrafa, Japonês, Hamilton e Carlos Mantenópolis, Wellington e Arildo Ratão. 

A Associação Atlética Colatina participou de campeonas em nível nacional, jogou com grandes times, e participou do Campeonato Brasileiro da série B, na época chamada de Taça de Prata. Um dos feitos memoráveis do Colatina foi empate em 1 x 1  com o Corinthians em São Paulo, em 1986, gol de Luiz Carlos para o “Cola”.

Um grande ídolo do Colatina foi Kinkas (Quincas), uma passagem interessante e sobre sua devoção a São Jorge, e uma entrevista para Revista Placar em outubro de 1982, contou que encarava os zagueiros como se eles fossem o dragão. E se não posso esmagá-los com a espada, pelo menos roubo o “bicho” deles. Assim, conseguiu ser um dos principais artilheiros do futebol capixaba nos últimos três anos. Joaquim Rodrigues Caldeira, o Kinkas infelizmente faleceu vítima de câncer aos 66 anos de idade, na madrugada de sábado para domingo, no dia 16 de julho de 2017.

Uma homenagem do Portal de Notícias ES-FALA para todos que contribuíram em transformar a Associação Atlética Colatina em um grande time Capixaba. Jogadores, comissão técnica, torcedores e profissionais que gravaram seus nomes da História da cidade. 

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