Colatinense que criou franquia milionária é destaque no programa “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”

Dos tribunais para os temperos: essa foi a jornada empreendedora de Norma Waichert, 35, dona da rede de franquias Banana Food. A empresa nasceu em 2017 em Colatina, e hoje tem seis unidades também em outros estados, como Rio de Janeiro e Pernambuco. Outras seis já estão em processo de implantação. A projeção é fechar o ano com um faturamento de R$ 3 milhões e mais 30 franquias negociadas.

Apesar dos números expressivos de hoje, o início da empresa foi bem modesto. Waichert já possuía certa experiência com um negócio próprio, pois tinha uma loja de roupas multimarca em Juiz de Fora, em Minas Gerais, no período em que fazia faculdade. Quando se formou, repassou o ponto, voltou para o Espírito Santo e abriu um escritório na área de Direito Previdenciário.

Na vida pessoal, Waichert pesquisava alternativas para uma alimentação mais equilibrada esaudável. A falta de opções na região para quem queria variar a dieta a fez olhar para o segmento como uma oportunidade de negócio. A ideia começou a ganhar forma quando a empreendedora viu um ponto de venda para alugar, no caminho para o trabalho. Ela anotou o número do anúncio e resolveu ligar.

“Descobri que o dono do imóvel era cliente do escritório, porém o ponto estava praticamente alugado. No dia seguinte um número desconhecido me ligou, era o dono do ponto, falando que os sócios interessados tinham brigado e que o local estava liberado para locação”, afirma.

Waichert tinha que agir rápido: pegou todas as economias e começou a planejar a abertura. Até então, a ideia era vender saladas, mas de uma forma diferente do que já era feito. “Eu queria vender saladas que atraíssem quem não gosta de salada.” Ela treinou a equipe em sua própria casa, pegou um fogão de quatro bocas emprestada de uma tia e comprou os demais utensílios de segunda mão pela internet.

Fachada do Banana Food, no Rio de Janeiro

Por ser uma alternativa diferente na região, o então Banana Verde começou a chamar atenção e o negócio logo se provou uma aposta certeira. Waichert largou o terninho de vez e passou a trajar avental. “Na primeira semana eu tive que sair correndo para comprar fogão industrial, porque a gente não dava conta da demanda.”

Em seis meses, ela já havia conseguido trocar os equipamentos e começou a pensar na expansão do negócio. Assim como na primeira vez, a oportunidade veio quando encontrou um ponto quatro vezes maior, em vias de ficar vago, e resolveu fechar negócio.

Com mais espaço, Waichert incluiu pratos quentes, sanduíches, cinco molhos com receitas exclusivas, cafés e muito mais itens no cardápio – até então, ela só trabalhava com saladas e itens de preparo mais simples. O negócio também deu certo e a empreendedora passou a ser procurada para a abertura de franquias. “As pessoas perguntavam se era de São Paulo. Porque tudo que era diferente, todo mundo achava que vinha de fora.” Um ano depois, a primeira unidade franqueada foi aberta em Cachoeiro do Itapemirim (ES), agora reformulada e com o nome Banana Food.

Prato do Banana Food

O modelo selecionado para a expansão foi o da segunda loja, maior e com linha de montagem, para que o cliente criasse o próprio prato. O espaço é temático e alegre, com características que lembram a de um fast-food convencional. As atendentes são chamadas de “bananetes” e os atendentes de “bendito fruto”. “Temos esse estilo mais divertido, alegre. Tentamos ser um restaurante mais despojado, descontraído.”

Interior descontraído do Banana Food

A unidade do Rio de Janeiro abriu exatamente um mês antes do início da pandemia. Waichert precisou rapidamente remodelar todo o negócio para o delivery e apoiar os franqueados, com descontos em taxas, ajuda nas negociações de custos e novas formas de captação de clientes. “Todas as unidades estão se recuperando e nenhuma fechou. O nosso intuito é expandir de forma orgânica e saudável. Retomamos agora a busca por novos franqueados”, diz.

O investimento inicial para ter uma unidade da Banana Food é de a partir de R$ 150 mil, dependendo do tamanho do ponto, e inclui instalação, maquinário, capital de giro e taxa de franquia. O objetivo da empreendedora é ter 50 pontos vendidos até o final de 2022

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