Idaf Colatina se pronuncia sobre caso de Peste Suína Africana (PSA) no Continente Americano

Um caso de Peste Suína Africana (PSA) na República Dominicana, no mês de julho, chamou atenção dos países vizinhos e fez com que as autoridades sanitárias ligassem o sinal de alerta para o risco iminente em todo o continente americano. 

No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) chegou a reforçar ações de prevenção nos aeroportos internacionais para evitar a entrada da peste através da carne ou de objetos contaminados. O alerta se justifica pelo fato de que o último caso registrado da doença no país foi em 1980, há mais de 40 anos. E o esforço agora é para a peste não voltar a circular por aqui, já que representa grande risco para toda a cadeia produtiva da carne suína. Órgãos ligados ao meio rural estão acompanhando o assunto mais de perto, caso do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).

No escritório da entidade em Colatina, na avenida Getúlio Vargas, no Centro, o Portal de Notícias ES Fala conversou com o médico veterinário Júlio Galdino. Ele reconhece a gravidade do risco, já que a Peste Suína Africana (PSA) é uma doença fatal para os suínos, que pode atingir tanto os animais domésticos como os que vivem soltos na natureza. Ela se diferencia da peste suína clássica pelo potencial de transmissão do vírus. “A africana é mais letal nos suínos e a transmissão dela é mais rápida, levando a um maior número de óbitos”, declarou. 

Júlio lembra que a doença não é uma zoonose, ou seja, não pode ser transmitida para humanos, mas isso não quer dizer que os produtores possam afrouxar nas medidas de biosseguridade. “É uma questão de saúde pública”, confirmou. 

Também se trata de uma questão de economia, já que coloca em risco um dos maiores mercados de carne suína do mundo. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal, o Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial da proteína. Só no ano passado foram mais de 4 milhões de toneladas. Boa parte da produção é exportada para mais de 90 países.

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