Relembre: há três anos, greve dos caminhoneiros desabasteceu supermercados e postos de combustíveis de Colatina

Mais uma vez a paralisação dos caminhoneiros volta a ser destaque no país. Mesmo com a suspensão dos movimentos no Espírito Santo, os colatinenses foram aos postos de combustíveis e supermercados pensando que poderiam se repetir as consequências da paralisação que teve início em maio de 2018  . 

Em 2018, a greve da categoria, que durou 10 dias, causou desabastecimento em supermercados, postos de combustíveis e também grande impacto em diversos setores da economia em Colatina e em todo o Espírito Santo. Tudo começou no dia 21 de maio de 2018, quando a categoria iniciou a paralisação para exigir redução nos preços do óleo diesel, que havia registrado alta de mais de 50% em um ano. Os motoristas reivindicaram redução de impostos, como PIS-Cofins, além da fixação de uma tabela mínima para os valores de fretes. A greve foi encerrada no dia 31 de maio e, nesse tempo, a paralisação dos caminhoneiros parou o Brasil.

Em Colatina, um dos primeiros efeitos foi o desabastecimento de combustíveis, que gerou filas nos postos. Consequentemente, sem caminhões com insumos circulando, começou a faltar produtos em supermercados, principalmente hortifrutis e laticínios. Na Central de Abastecimento (Ceasa), em Cariacica, na Grande Vitória, com poucos caminhões chegando, o resultado foi a disparada nos preços. O saco de batata chegou a ser vendido a R$ 180. O tomate foi encontrado com alta de 400%. A paralisação também afetou o transporte de cargas vivas e de ração aos rebanhos e frigoríficos do Estado. Com isso, os animais de abate poderiam morrer por problemas na engorda.

IMPACTO NA ECONOMIA

A insegurança que o desabastecimento causou gerou reflexos no comércio, que afirmou ter redução no movimento de clientes. A Câmara de Dirigentes Lojistas(CDL) de Colatina apurou que as lojas da cidade sofreram com a paralisação dos caminhoneiros. Bares e restaurantes também tiveram prejuízo com a falta de alimentos e precisaram subir o preço. 


Paralização dos caminhoneiros no dia 21 de maio de 2018/foto crédito G1

SERVIÇOS REDUZIDOS

Vários serviços, inclusive públicos, tiveram as atividades reduzidas por conta da greve. Foi o caso do transporte público, por exemplo. Na rodoviária, algumas empresas cancelaram determinadas viagens no Espírito Santo. A Administração Municipal chegou a adotar ações de economia para reduzir o consumo de combustíveis e garantir que serviços essenciais da saúde, por exemplo, fossem mantidos. Algumas escolas da zona rural chegaram a ficar sem aulas por conta da falta de combustíveis em ônibus do transporte escolar. Faculdades também suspenderam as aulas. 

MANIFESTAÇÕES PRÓ-BOLSONARO

Após os protestos de 7 de setembro, caminhoneiros iniciaram bloqueios em rodovias capixabas e de outros estados para manifestação a favor do presidente Jair Bolsonaro e contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nas rodovias que cortam o Espírito Santo, as manifestações realizadas por caminhoneiros foram totalmente desmobilizadas por volta das 11h desta quinta-feira(9).

No Noroeste do Estado, os caminhoneiros não chegaram a interditar nenhum ponto da Rodovia BR-259 nesta quinta-feira (9), apenas ocorreram manifestações. 

ESFALA: foto de capa/crédito El País.

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