Músico que trabalhou por anos em Colatina, acusado de assassinato, vai a júri popular

O músico Tiago Passos Viana, que trabalhou durante muitos anos em Colatina, acusado de matar a tiros o professor de capoeira Guarassy Medeiros Del Nery, de 39 anos, em Itaúnas, Conceição da Barra, vai a júri popular. O crime ocorreu em 2020, após desentendimento entre os dois. A decisão sobre o julgamento foi publicada nesta semana pelo juiz Leandro Cunha Bernardes da Silva, da comarca do município.

“Verifico provas suficientes para levar o acusado ao Tribunal do Júri, considerando os depoimentos prestados, laudo pericial, mídia anexada e o próprio interrogatório do réu”, afirmou o juiz na decisão, que também mantém a prisão preventiva do acusado, que está em presídio desde fevereiro de 2021. Tiago será julgado por homicídio por motivo fútil.

Segundo as investigações, vítima e acusado discutiram em frente a uma pousada da vila. Em depoimento, Tiago afirmou que atirou contra o professor de capoeira para se defender, mas a tese de legítima defesa não foi aceita pelo juiz.

A decisão pelo júri popular ainda cabe recurso e, caso não haja, defesa e acusação têm até cinco dias para apresentarem os documentos e testemunhas.

Imagem da discussão entre Tiago Aranha e Guarassy.

CONHEÇA O CASO

O Músico Thiago Passos Viana, conhecido popularmente como Thiago Aranha, está sendo acusado de assassinato do capoeirista Guarassy Medeiros Del Nery, de 39 anos. Thiago é muito conhecido em Colatina, pois se apresentou durante anos em bares e restaurantes do município. Era um artista conhecido das noites colatinenses e era comum vê-lo principalmente em estabelecimentos do bairro Honório Fraga.

Pessoas que conviveram com Thiago em Colatina, ficaram chocadas quando souberam que Aranha, teria sido o assassino do capoeirista. “Pra gente foi uma surpresa, uma pessoa muito tranquila e talentosa, foi uma surpresa para todos”. Revela uma artista colatinense que desde quando Thiago mudou-se, há cerca de sete anos, manteve algumas vezes contato pelo telefone. A cantora solicitou que seu nome não fosse divulgado.

O assassino do capoeirista, também responde a um outro processo por violência doméstica, enquadrado na lei Maria da Penha.

O crime aconteceu, na última sexta-feira (18), na Vila de Itaúnas, em Conceição da Barra. Segundo a Polícia Militar, o próprio suspeito ligou para o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) e disse que tinha o objetivo de se apresentar. Os militares se deslocaram até Itaúnas e conduziram o homem até a delegacia, sendo liberado em seguida. 

Consta na decisão judicial que o pedido foi feito no sábado (19), depois que o músico foi à delegacia de São Mateus junto de seu advogado e confessou o crime, mas foi liberado. A Polícia Civil informou que por não se tratar de situação em flagrante ou não haver mandado de prisão no momento que ele se apresentou, o homem foi liberado.

Guarassy Medeiros Del Nery, de 39 anos.

ENTENDA O CASO

Cuarassy Medeiros Del Nery foi morto a tiros na noite de sexta-feira (18),  em uma pousada no Distrito de Itaúnas, em Conceição da Barra. Em nota enviada à imprensa, a Polícia Militar informou que um funcionário do estabelecimento contou que a vítima e Thiago, discutiram em frente ao estabelecimento.

O homem apontado como autor dos disparos, Thiago Passos Viana, de acordo com a testemunha, correu para dentro da pousada para fugir, mas a vítima foi atrás dele. A testemunha disse que o capoeirista agrediu Thiago com socos e quebrou um copo nele, o suspeito sacou uma arma e atirou contra Cuarassy, que morreu no local. Até o presente momento não se sabe a motivação da briga e a quantidade de tiros que atingiu o professor de capoeira.

A família da vítima contesta a versão da testemunha e diz que o vídeo mostra a briga antes do crime, “prova que ele não quebrou o copo em ninguém e que estava sendo provocado”. Ainda de acordo com relato de familiares, Cuarassy e Thiago, não estavam hospedados na pousada, mas correram para dentro do estabelecimento no momento da briga. Eles também afirmam que houve uma luta corporal entre o professor e o suspeito antes dos tiros.

Mediante a situação, o Juiz Plantonista Samuel Miranda Gonçalves disse que “se observa haverem indícios suficientes para autoria e materialidade, bem como se apresenta como necessária a decretação da prisão preventiva do acusado, Thiago Passos Viana”.

ES FALA: imagens crédito redes sociais.

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