O Espírito Santo registrou, no ano de 2022, 10 casos de febre maculosa. Desses pacientes, 6 morreram e outros 4 pacientes se recuperaram.
O município de Colatina informou na última sexta-feira (14), a morte de Carlos de Souza Melo, 66 anos. No mesmo dia, a cidade de Aracruz, também confirmou o primeiro caso.
A doença é transmitida a partir da picada do carrapato-estrela, contaminado pela bactéria Rickettsia rickettsii. Entretanto, ele não é um carrapato comum, como por exemplo, os encontrados em cachorros.
Segundo especialistas, para que aconteça a transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar por algumas horas (cerca de 4 horas) fixado na pele das pessoas.
Por serem muito pequenos, os carrapatos mais jovens tornam-se mais perigosos por serem mais difíceis de serem vistos pelas pessoas.
É importante ressaltar que não existe transmissão da doença de uma pessoa para outra. Entre seus principais sintomas estão febre, manchas pelo corpo, dores de cabeça e pode levar à morte.
Quais os sintomas da febre maculosa
De começo repentino, a doença tem sintomas comuns a de outras infecções, como:
Febre alta, dor de cabeça, falta de apetite e desânimo.
Depois, surgem pequenas manchas avermelhadas parecidas com uma picada de pulga. Algumas vezes, apresentam pequenas hemorragias sob a pele. Aparecem em todo o corpo e também na palma das mãos e na planta dos pés.
De maneira geral, os sintomas levam de sete a dez dias para se manifestar e a partir daí, o tratamento deve começar dentro de no máximo cinco dias. Após este período, aumentam os riscos de que os medicamentos não surtem mais o efeito esperado.
Como tratar
A doença é perigosa, mas tem cura desde que o tratamento com antibióticos comece nos primeiros dois ou três dias. A demora no diagnóstico e consequentemente, no tratamento, pode provocar complicações graves como: comprometimento dos rins, dos pulmões, do sistema nervoso central, lesões vasculares e levar à morte.
Saiba como se prevenir
Para se proteger e facilitar a visualização dos carrapatos é fundamental que as pessoas, quando entrarem em locais de mato, estejam de calça e camisa compridas e claras e, preferencialmente, de botas. – Mantenha a calça dentro das botas e lacrada com fitas adesivas;
– Evite caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos;
– Verifique, a cada duas horas, se há algum carrapato preso ao corpo. Quanto mais depressa ele for retirado, menores os riscos de infecção;
– Ao retirá-lo, não esmague com as unhas;-
– Retire os carrapatos com cuidado, por meio de uma leve torção, para que solte a pele;
– Repelentes com concentrações maiores do produto químico DEET (N-N-dietil-meta-toluamida), são eficientes contra mosquitos e carrapatos.